O Superior Tribunal de Justiça (STJ) aumentou as penas do goleiro Bruno Fernandes de Souza e do amigo dele, Luiz Henrique Romão, o Macarrão, pelos crimes cometidos contra Eliza Samudio no Rio de Janeiro. O ministro Rogério Schietti Cruz acatou o pedido do Ministério Público. A sentença não vai se somar as condenações dos dois pelo assassinato da ex-amante do atleta da Justiça de Minas Gerais.
O goleiro Bruno tinha sido condenado a quatro anos e seis meses de prisão por cárcere privado, lesão corporal e constrangimento ilegal contra Eliza em dezembro de 2010, no processo que corria no Rio de Janeiro desde outubro 2009. Macarrão foi condenado a três anos de reclusão por cárcere privado. Os advogados dos réus recorreram e conseguiram, em agosto de 2012, diminuir as penas atleta para um ano e nove meses de prisão em regime aberto e a de Luiz Henrique para um ano e dois meses de reclusão em regime aberto.
O Ministério Público do Rio de Janeiro recorreu da decisão da Segunda Instância no STJ. O recurso foi julgado nessa quarta-feira por Rogério Schietti. Segundo a assessoria do órgão, o ministro aumentou a pena dos dois réus e os passou para o semiaberto. Agora, a pena de Bruno passou para dois anos e três meses de reclusão e Macarrão a um ano e quatro meses de reclusão.
As penas não vão se somar a sentença de Bruno e Macarrão pelo sequestro e morte de Eliza. Porém, pode prejudicá-los na progressão do regime e na contagem dos dias já cumpridos por eles. Os dois foram condenados pela Justiça de Minas Gerais a 22 anos e três meses de prisão e a 15 anos de prisão, respectivamente.
Mudança de cadeias
O goleiro Bruno cumpre pena, atualmente, no Centro de Reintegração Social (CRS) da Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (APAC) de Santa Luzia, na Grande BH. Ele foi transferido da Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, em 9 de setembro deste ano, quando a Justiça autorizou a mudança. Na Apac, o goleiro tem mais liberdade do que tinha na Nelson Hungria, mas terá que continuar a cumprir a pena em regime fechado.
Macarrão tenta seguir os mesmos caminhos do amigo. Em 29 de setembro, os advogados dele pediram ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) transferência da Nelson Hungria para a Apac de Itaúna, na Região Centro-Oeste de Minas Gerais. O pedido ainda é analisado.