A defesa de Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, um dos principais envolvidos no desaparecimento e morte de Eliza Samudio, requereu progressão para o regime semiaberto. O Tribunal de Justiça (TJMG) confirmou que Macarrão, condenado a 15 anos de prisão, reúne os requisitos objetivos para ter direito ao benefício, porém, depende de um laudo com análises subjetivas de uma junta formada por psiquiatra, psicólogo e assistentes social e de segurança, para que a Vara de Execuções de Contagem decida sobre a mudança do regime prisional.
O crime foi motivado pela tentativa da mulher de ter reconhecida a paternidade do filho que seria do ex-goleiro. Bruno foi condenado a 22 anos e três meses de prisão pela morte e ocultação do cadáver da ex-amante, além do sequestro do filho da jovem. Bola pegou 22 anos pelo assassinato e ocultação de cadáver. Outros envolvidos, que tiveram participações indiretas, receberam penas menores, abaixo de cinco anos.
No julgamento, em novembro de 2012, Macarrão teve pena reduzida depois de confessar participação na trama do sequestro e morte de Eliza Samudio. Preso na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, desde julho de 2010, Luiz Henrique soma 1.134 dias de trabalho, sendo os últimos anos em fábrica de gesso dentro do complexo prisional. De acordo com TJ, além do serviço, ele estudou 570 horas, o que somam 425 dias de remição da pena (um ano e 60 dias).
O objetivo da defesa com a progressão de regime é transferir Macarrão para uma unidade da Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (Apac). No semiaberto, Luiz Henrique poderia sair para trabalhar durante o dia e retornar à unidade no começo da noite. Caso não consiga trabalho externo, ficará na Apac, trabalhando e participando de projetos de ressocialização.