A chegada de um oficial de Justiça na Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (Apac) de Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, sugere que a qualquer momento o goleiro bruno Fernandes saia pela porta da frente da unidade prisional. Às 18h18, o oficial chegou dirigindo o próprio carro e apressadamente entrou na Apac acompanhado do advogado do goleiro, Lúcio Adolfo.
A expectativa para a soltura de Bruno Fernandes, preso pelo homicídio de Eliza Samudio, ainda hoje continua. No sistema do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) a prisão do atleta já foi revogada. Consta nos dados do réu que o regime atual dele é aberto. O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu um habeas corpus a ele na noite dessa quinta-feira.
Horas antes da chegada do oficial, um dos advogados de Bruno, que contava que seu cliente sairia no começo da tarde, reclamou da demora. "Essa demora é injustificável. A informação é que só tem um oficial disponível que está esperando o serviço de todas as varas do tribunal para sair distribuindo os alvarás", afirma o advogado Luan Coutinho.
Outro defensor do goleiro Bruno, Lúcio Adolfo, conversava com a juíza responsável pela Vara de Execuções Penais do Fórum de Santa Luzia, e ela disse que não pode interferir no trabalho dos oficiais de Justiça. O advogado tentava então contato com o juiz que é diretor do fórum de Santa Luzia, que poderia ajudar a resolver o problema.
Um erro do STF atrasou a soltura do goleiro Bruno. O alvará de soltura, que é enviado por meio eletrônico, foi transferido para a Comarca de Contagem. Porém, o documento tem que ser expedido pela Comarca de Santa Luzia.
“Houve um equívoco, o STF encaminhou por alvará eletrôcnico par a comarca de Contagem, o escrivão de lá já providenciou que seja encaminhado para Santa Luzia. Acontece que estava sem juiz em Contagem para assinar, porque era antes do expediente, antes de meio-dia. O juiz já assinou e já encaminhou para Santa Luzia. Agora, estão esperando a substituta da doutora Arlete, de Santa Luzia, chegar para assinar o alvará para que o oficial de Justiça possa trazer o documento para o diretor da Apac”.