A contratação do goleiro Bruno, de 32 anos, pelo Boa Esporte, equipe de Varginha, no Sul de Minas, gerou polêmica e críticas ao clube e aos patrocinadores. Uma das empresas que apoiava o time decidiu, na noite deste sábado, deixar de estampar a sua marca na camisa. A Nutrends Nutrition afirmou, depois de reunião, que não vai mais patrocinar o Boa.
Por meio de nota publicada na página oficial da empresa no Facebook, a Nutrends anunciou o fim da parceria. “Em reunião extraordinária, a diretoria da Nutrends Nutrition decidiu que, a partir de hoje (sábado, 11/03), a empresa não é mais patrocinadora/apoiadora do Boa Esporte Clube”, diz o documento. A marca era estampada no ombro da camisa do time. Em poucos minutos, vários internautas apoiaram a decisão.
"Parabéns pela sensata decisão de não vincular a imagem da empresa a um time que contrata assassinos! Parabéns por ouvir seus consumidores! Vocês ganharam meu respeito”, comentou uma seguidora da empresa. “Que todos os outros patrocinadores sigam este exemplo!!! Apoio a time de assassino é ser conivente com o crime!!!”, cobrou outro fã da marca. “Parabéns! Apoiar time que contrata feminicida seria péssimo para a imagem de qualquer empresa”, manifestou-se outro cliente da Nutrends.
Diferentemente da Nutrends, outro patrocinador da equipe, o grupo Grupo Góis & Silva, não deve deixar de estampar a sua marca na camisa do Boa. O executivo da empresa, Rafael Góis, disse que o atleta cometeu “um ato extremamente grave”, mas que ele merece uma segunda chance. Assegurou ainda a continuação da parceria com o time do Sul do estado.
Bruno acertou nessa sexta-feira o contrato por duas temporadas com o Boa Esporte. Já este ano, poderá disputar o Módulo II do Campeonato Mineiro e a Série B do Campeonato Brasileiro. Desde que saiu da cadeia em 24 de fevereiro, os advogados do atleta afirmavam que ele tinha aproximadamente 10 propostas para voltar aos gramados.