Em resposta às críticas nas redes sociais à contratação do goleiro Bruno pelo Boa Esporte, o executivo Rafael Góis, CEO do Grupo Góis & Silva, principal patrocinador do clube de Varginha e especializado em adquirir empresas em dificuldades para reerguê-las, disse ao Estado de Minas que o atleta cometeu “um ato extremamente grave”, mas que ele merece uma segunda chance. Assegurou ainda a continuação da parceria com o time do Sul do estado.
Bruno deve assinar contrato com o Boa amanhã, podendo ser apresentado oficialmente na terça-feira. A expectativa é que o jogador realize os exames cardiológicos numa clínica em Varginha e, em seguida, faça testes físicos num instituto federal em Muzambinho, também no Sul de Minas. Deverá retornar aos gramados em até dois meses.
“O passado do Bruno foi conturbado, polêmico, com um ato extremamente grave e que gera revolta em muitas pessoas. Mas cabe salientar que foi a Justiça que o libertou, tendo em vista que já cumpriu parte de sua pena, continua sob pena, mas em trabalho de ressocialização. E o trabalho faz parte desta nova fase da sua vida. Nossa empresa acredita na ressocialização e é a favor de (dar ao goleiro uma) segunda chance”, escreveu Góis.
O executivo confirmou que o grupo concordou com a contratação do ex-jogador de Atlético e Flamengo: “Se a Justiça o liberou, quem somos nós pra o subjugar. Temos de ser conscientes do passado (do Bruno), mas temos como obrigação sermos humanos em comunidade, conceder esta nova chance e a oportunidade de ele reescrever sua história”.
Góis admitiu que a contratação do goleiro pelo Boa teria grande repercussão. Muita gente elogiou. Outras tantas criticaram. Houve até quem postou mensagens contrárias na página social do grupo. Destacou, contudo, que o patrocínio é ao time do Boa e não ao atleta. “Acreditamos no esporte do Brasil e, por isso, há três anos mantemos nossa parceria com o time. Sim, vamos continuar com a parceria”.
O empresário acredita que Bruno será importante para projetar o clube nacionalmente. “Vale salientar que nossa marca está na camisa não só do Bruno, mas de todos os jogadores, que são ótimos no que fazem. Podem até não ser famosos, mas são bons jogadores e, até hoje, representaram muito bem a nossa marca. O Bruno vai gerar polêmica, mas não vamos prejudicar todo um time. Por isso, vamos acreditar. Vamos dar uma chance!”.
Na sexta-feira, o atleta e seu advogado, Lúcio Adolfo, foram a Varginha negociar as bases do acordo. O encontro com diretores do clube de futebol ocorreu num badalado restaurante, no Centro, em frente ao hotel onde muitos jogadores residem.
Vários curiosos tiraram fotos com Bruno e as postaram nas redes sociais. Em pouco tempo, torcedores contrários à contratação criticaram o patrocinador master. Regis Silbar, por exemplo, escreveu: “Góis & Silva merece a nossa rejeição. Patrocinador de assassinos, empresa que enoja os brasileiros. Boicote”. Outro internauta, Pedro Duarte, foi direto: “Patrocinadores de assassino”.
Por sua vez, o executivo disse que respeita todas as opiniões divergentes mas defendeu a contratação de Bruno. “Vivemos num mundo repleto de opiniões diversas e conflitantes. Respeito todas. Não vejo erro em contratar o Bruno. Como eu disse, acho que ele merece uma segunda chance. Afinal, quem nunca errou que atire a primeira pedra”.
UM FICA, OUTRO SAI
Uma das empresas que apoiava o Boa Esporte decidiu, na noite deste sábado, deixar de estampar a sua marca na camisa. A Nutrends Nutrition afirmou, depois de reunião, que não vai mais patrocinar o Boa. Por meio de nota publicada na página oficial da empresa no Facebook, a Nutrends anunciou o fim da parceria. “Em reunião extraordinária, a diretoria da Nutrends Nutrition decidiu que, a partir de hoje (sábado, 11/03), a empresa não é mais patrocinadora/apoiadora do Boa Esporte Clube”, diz o documento. A marca era estampada no ombro da camisa do time.
PRISÃO
Bruno foi condenado a 22 anos e 3 meses de prisão pela morte, sequestro e ocultação de cadáver de Eliza Samudio, com quem teve um filho, Bruninho. A pena inclui o sequestro do garoto. Ele cumpriu 6 anos e 7 meses, sendo libertado, em 24 de fevereiro, por meio de liminar assinada pelo ministro Marco Aurélio Mello, do Superior Tribunal Federal (STF), uma vez que sua apelação ainda não foi julgada.
Na sexta-feira, o ministro negou o seguimento de petição da mãe de Eliza, Sônia de Fátima Moura, que pleiteava o retorno do Bruno para a cadeia. Ela alegava que a demora na apreciação da apelação de Bruno foi provocada “diligências procrastinatórias” da defesa do goleiro.
Saiba mais
SOBRE O GRUPO GÓIS & SILVA
A holding é especializada em adquirir parte de empresas com dificuldade financeiras e reerguê-las, mantendo o dono com uma pequena participação. Entre os negócios do grupo há escola, fábrica de cigarro, fazendas com gado de corte e alambique. Rafael Góis, o CEO, é casado e tem três filhos. Começou seu império captando alunos para escolas de informática. Fez o mesmo para clínicas odontológicas e, em alguns anos, montou uma rede com 37 consultórios. Visionário, ele não tem diploma de curso superior.
Bruno deve assinar contrato com o Boa amanhã, podendo ser apresentado oficialmente na terça-feira. A expectativa é que o jogador realize os exames cardiológicos numa clínica em Varginha e, em seguida, faça testes físicos num instituto federal em Muzambinho, também no Sul de Minas. Deverá retornar aos gramados em até dois meses.
“O passado do Bruno foi conturbado, polêmico, com um ato extremamente grave e que gera revolta em muitas pessoas. Mas cabe salientar que foi a Justiça que o libertou, tendo em vista que já cumpriu parte de sua pena, continua sob pena, mas em trabalho de ressocialização. E o trabalho faz parte desta nova fase da sua vida. Nossa empresa acredita na ressocialização e é a favor de (dar ao goleiro uma) segunda chance”, escreveu Góis.
O executivo confirmou que o grupo concordou com a contratação do ex-jogador de Atlético e Flamengo: “Se a Justiça o liberou, quem somos nós pra o subjugar. Temos de ser conscientes do passado (do Bruno), mas temos como obrigação sermos humanos em comunidade, conceder esta nova chance e a oportunidade de ele reescrever sua história”.
Góis admitiu que a contratação do goleiro pelo Boa teria grande repercussão. Muita gente elogiou. Outras tantas criticaram. Houve até quem postou mensagens contrárias na página social do grupo. Destacou, contudo, que o patrocínio é ao time do Boa e não ao atleta. “Acreditamos no esporte do Brasil e, por isso, há três anos mantemos nossa parceria com o time. Sim, vamos continuar com a parceria”.
O empresário acredita que Bruno será importante para projetar o clube nacionalmente. “Vale salientar que nossa marca está na camisa não só do Bruno, mas de todos os jogadores, que são ótimos no que fazem. Podem até não ser famosos, mas são bons jogadores e, até hoje, representaram muito bem a nossa marca. O Bruno vai gerar polêmica, mas não vamos prejudicar todo um time. Por isso, vamos acreditar. Vamos dar uma chance!”.
Na sexta-feira, o atleta e seu advogado, Lúcio Adolfo, foram a Varginha negociar as bases do acordo. O encontro com diretores do clube de futebol ocorreu num badalado restaurante, no Centro, em frente ao hotel onde muitos jogadores residem.
Vários curiosos tiraram fotos com Bruno e as postaram nas redes sociais. Em pouco tempo, torcedores contrários à contratação criticaram o patrocinador master. Regis Silbar, por exemplo, escreveu: “Góis & Silva merece a nossa rejeição. Patrocinador de assassinos, empresa que enoja os brasileiros. Boicote”. Outro internauta, Pedro Duarte, foi direto: “Patrocinadores de assassino”.
Por sua vez, o executivo disse que respeita todas as opiniões divergentes mas defendeu a contratação de Bruno. “Vivemos num mundo repleto de opiniões diversas e conflitantes. Respeito todas. Não vejo erro em contratar o Bruno. Como eu disse, acho que ele merece uma segunda chance. Afinal, quem nunca errou que atire a primeira pedra”.
UM FICA, OUTRO SAI
Uma das empresas que apoiava o Boa Esporte decidiu, na noite deste sábado, deixar de estampar a sua marca na camisa. A Nutrends Nutrition afirmou, depois de reunião, que não vai mais patrocinar o Boa. Por meio de nota publicada na página oficial da empresa no Facebook, a Nutrends anunciou o fim da parceria. “Em reunião extraordinária, a diretoria da Nutrends Nutrition decidiu que, a partir de hoje (sábado, 11/03), a empresa não é mais patrocinadora/apoiadora do Boa Esporte Clube”, diz o documento. A marca era estampada no ombro da camisa do time.
PRISÃO
Bruno foi condenado a 22 anos e 3 meses de prisão pela morte, sequestro e ocultação de cadáver de Eliza Samudio, com quem teve um filho, Bruninho. A pena inclui o sequestro do garoto. Ele cumpriu 6 anos e 7 meses, sendo libertado, em 24 de fevereiro, por meio de liminar assinada pelo ministro Marco Aurélio Mello, do Superior Tribunal Federal (STF), uma vez que sua apelação ainda não foi julgada.
Na sexta-feira, o ministro negou o seguimento de petição da mãe de Eliza, Sônia de Fátima Moura, que pleiteava o retorno do Bruno para a cadeia. Ela alegava que a demora na apreciação da apelação de Bruno foi provocada “diligências procrastinatórias” da defesa do goleiro.
Saiba mais
SOBRE O GRUPO GÓIS & SILVA
A holding é especializada em adquirir parte de empresas com dificuldade financeiras e reerguê-las, mantendo o dono com uma pequena participação. Entre os negócios do grupo há escola, fábrica de cigarro, fazendas com gado de corte e alambique. Rafael Góis, o CEO, é casado e tem três filhos. Começou seu império captando alunos para escolas de informática. Fez o mesmo para clínicas odontológicas e, em alguns anos, montou uma rede com 37 consultórios. Visionário, ele não tem diploma de curso superior.