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Estado de Minas

Mãe de Eliza entra com novo recurso no STF para tentar reverter soltura do goleiro Bruno

O primeiro recurso foi negado pelo ministro Marco Aurélio Mello em 10 de março


postado em 20/03/2017 13:56 / atualizado em 20/03/2017 14:27

O pedido foi feito pela advogada de Sônia de Fátima Moura na sexta-feira(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press.)
O pedido foi feito pela advogada de Sônia de Fátima Moura na sexta-feira (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press.)

A família de Eliza Samudio tenta novamente reverter a decisão que colocou em liberdade o goleiro Bruno Fernandes das Dores, de 32 anos. A advogada Maria Lúcia Borges, que representa a mãe da jovem, Sônia de Fátima Moura, entrou com um embargo de declaração na última sexta-feira. Porém, o recurso entrou no processo eletrônico do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira. No recurso, a defensora cita que a demora para julgar a apelação do atleta, argumento aceito pelo ministro Marco Aurélio Mello, aconteceu por causa de “manobras” dos advogados do atleta.

“A Repercussão de sua liberdade em função de manobras de sua defesa, tornou-se indigesta, pois não há o que se falar em culpa do Estado pela mora, já que vários são os processos que aguardam julgamento por tempo. Segundo se infere dos autos de apelação recurso junto ao TJMG não há excesso de prazo, mas sim várias situações provocadas pela defesa do paciente , com renúncias de advogados, intimações do réu, recursos, juntadas de documentos etc, tudo isso, contribuindo pelo não julgamento”, explicou a advogada na peça.

Esse é o segundo recurso impetrado pela família de Eliza. Em petição enviada em 3 de março, à Suprema Corte, que julga o habeas corpus do atleta, a advogada Maria Lúcia enfatizou o temor da família de Eliza, com Bruno Fernandes em liberdade. “Vale aqui registrar o temor da família da vítima com o paciente nas ruas pois, logo após deixar a prisão, concedeu entrevista em rede nacional afirmando que ingressará na Justiça com pedido de guarda e aproximação do filho. Há que se ressaltar que esta mesma criança é quem ele tentou exterminar com sua vida por duas vezes, sendo ele mesmo o paciente que entregou remédios para Eliza tomar, e depois ele mesmo conduziu seu filho ao encontro do matador de aluguel, não sendo morto o menor somente pela misericórdia divina, não por arrependimento”.

Os argumentos não foram aceitos pelo ministro Marco Aurélio Mello. “Nego seguimento aos embargos declaratórios. À Judiciária para que proceda ao desentranhamento da peça”, consta do acompanhamento processual do habeas corpus de Bruno. Porém, desta vez, a advogada pede que o recurso seja avaliada pelo órgão colegiado do STF. “Em face do exposto, requer -se à Vossa Excelência a reconsideração da decisão agravada; se esse não for o caso, que Vossa Excelência coloque o feito em mesa, a fim de que o órgão colegiado possa examinar o recurso de agravo e, ao final , dar - lhe provimento, reformando a decisão monocrática agravada, vez que demonstrada a impropriedade da decisão que concedeu a liminar ao paciente , determinando, por consequência, a decretação de sua prisão preventiva nos termos originalmente fixados pelo Juízo do Tribunal do Júri da Comarca de Contagem/MG, devendo aguardar por certo o julgamento dos recursos fechado. Estando assim, estaremos de f rente da mais lídima Justiça!”, afirma.

O goleiro deixou a cadeia em 24 de fevereiro depois que o ministro acatou um pedido de soltura feitos pelos advogados dele. O argumento utilizado foi a demora para apreciação da apelação. Bruno ficou preso por seis anos e sete meses, desde julho de 2010, inicialmente por medida cautelar e depois preventiva, após ser apontado como mandante do sequestro, cárcere privado e morte de Eliza Samudio, em junho daquele ano. Em 8 de março de 2013, o atleta foi condenado a 22 anos e três meses de prisão, dos quais 17 anos e seis meses em regime fechado, pelo homicídio triplamente qualificado.

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