Jornal Estado de Minas

TJMG retoma julgamento de certidão de óbito de Eliza e revisão de pena de Bruno

Está marcada para as 13h30 desta quarta-feira no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), na Avenida Afonso Pena, Centro de Belo Horizonte, a sessão de julgamento dos recursos impetrados pelos advogados de defesa do goleiro Bruno Fernandes e da ex-namorada dele, Fernanda Gomes de Castro, sobre as condenações impostas pelo envolvimento na morte de Eliza Samudio, crime ocorrido em 2010.

As apelações pedem a redução da pena dada aos réus e questionam a expedição da certidão de óbito de Eliza Samudio em 2013, após o julgamento de Luiz Henrique Ferreira Romão, o “Macarrão", também condenado pelo envolvimento no crime.

O documento que comprova a morte de Eliza foi expedido em janeiro de 2013 pela juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, da Vara do Tribunal do Júri de Contagem, após um pedido da família da vítima e do promotor de Justiça Henry Vagner Vasconcelos depois de acompanharem o julgamento de Luiz Henrique Romão, onde o assassinato de Eliza foi reconhecido. O tribunal entendeu, na época, que a expedição da certidão serviria para reparar danos pessoais à família, além de um resguardo aos direitos de Bruninho, filho de Eliza com o goleiro.

O TJMG começou o julgamento no último dia 13, mas ele foi suspenso pelo desembargador Corrêa Camargo, que pediu “vistas dos dois processos” que estavam sendo analisados.

Na ocasião, o advogado de defesa de Bruno, Lúcio Adolfo, disse ao em.com.br acreditar que a invalidação da certidão de óbito de Eliza causará uma reviravolta no caso, com a possibilidade da anulação do julgamento não só de Bruno, mas também de Marcos Aparecido dos Santos, o "Bola", apontando como executor de Eliza.

Ainda conforme o advogado, uma redução na pena do goleiro seria ideal, pois o caso está traumático para todas as partes. "Entendo e penso que se o tribunal decidir reduzir a pena do Bruno a 15 anos, por exemplo, é o ideal e ele volta integralmente para as ruas com a pena completamente cumprida. É um processo que já está traumático para o tribunal, para a defesa, para o próprio Bruno e também para a família da Eliza," destacou. .