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Segundo a Justiça mineira, a defesa dos réus sustenta a tese de que a acusação é uma retaliação ao ex-policial Bola, motivada por desentendimentos entre ele e o delegado Edson Moreira, que investigou a morte de Elisa Samúdio, ex-namorada do goleiro Bruno Fernandes.
Ainda de acordo com o TJ, a acusação, por outro lado, afirma que a testemunha presencial reconheceu Bola como executor do crime, um ano depois, ao ver sua imagem na televisão.
Contudo, essa testemunha mudou seu depoimento nesta quarta, dizendo ter apontado o ex-policial por considerá-lo parecido com a pessoa que efetuou os disparos e também com medo de que o verdadeiro autor o procurasse e o matasse.
A magistrada Myrna Souto também determinou que os jurados fossem levados para um hotel, onde ficará garantida a incomunicabilidade deles.
O crime
Segundo as investigações da Polícia Civil, o assassinato aconteceu na noite do dia 27 de julho de 2009 perto da casa da vítima, que estava acompanhada de sua filha. O comerciante Osvaldo Bicalho, que a exemplo de Bola era criador de cães de raça, teria descoberto que Devanir mantinha relações amorosas com sua mulher. Bicalho, então, teria combinado com o ex-policial a morte do rival, fazendo pagamento em armas e cães.
Ainda de acordo com as acusações, por ocasião do homicídio, a filha da vítima e uma testemunha, cujo nome não foi revelado, deram uma descrição do assassino semelhante às características físicas de Marcos Aparecido, o Bola. Os dois contaram que Devanir Alves caminhava próximo à casa dele quando Bola, que já havia sido visto na cena do crime várias vezes, o chamou pelo nome. Ao olhar para trás e responder ao chamado, Devanir foi morto sem chance de defesa, com três tiros na cabeça.
Entre as provas técnicas, foi constatado que logo após a execução, Bola ligou para Antônio Bicalho. Com a prisão de Marcos Aparecido durante as investigações sobre o suposto desaparecimento e morte de Eliza Samudio, ex-namorada do goleiro Bruno Fernandes, a filha de Devanir e a testemunhas reconheceram as imagens dele na televisão como sendo as do assassino. Posteriormente foi feito o reconhecimento oficial.
Com informações de João Henrique do Vale e do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG)