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Estado de Minas

Professores de escolas públicas do País param para cobrar Lei do Piso

Categoria exige cumprimento da lei federal que estabeleceu novo piso para professores da rede pública de ensino


postado em 16/08/2011 11:26 / atualizado em 16/08/2011 11:53

Professores de escolas públicas de pelo menos 11 estados do País suspenderam as atividades nesta terça-feira para pedir o cumprimento da lei que estabelece um piso salarial para a categoria. O movimento foi convocado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e prevê assembleias e outras atividades de mobilização durante todo o dia. Professores de Minas Gerais, que estão em greve desde o dia 8 de junho, também participam do movimento nacional.

 
A Lei do Piso foi sancionada em 2008 e determinou que nenhum professor da rede pública com formação de nível médio e carga horária de 40 horas semanais pode ganhar menos do que R$ 950. O valor do piso corrigido para 2011 é R$ 1.187. Naquele mesmo ano, cinco governadores entraram com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) questionando a constitucionalidade da legislação e só este ano a Corte decidiu pela legalidade do dispositivo. Desde então, professores de pelo menos oito estados entraram em greve no primeiro semestre de 2011 reivindicando a aplicação da lei.

“É uma teimosia e um descaso dos gestores em cumprir essa lei, o que caracteriza falta de respeito com o educador. Prefeitos e governadores estão ensinando a população a desrespeitar a lei quando não cumprem ou buscam subterfúgios para não cumprir”, defende o presidente da CNTE, Roberto Leão.

Um dos pontos da lei que foi questionado pelos gestores é o entendimento de piso como remuneração inicial. O STF confirmou, durante o julgamento, que o piso deve ser interpretado como vencimento básico: as gratificações e outros extras não poderiam ser incorporados à conta como costumam fazer algumas secretarias de Educação. “Isso [incorporação de gratificações] descaracteriza o piso e a carreira. Como a lei determina um piso para professores de nível médio, em alguns estados a diferença do piso do profissional de nível médio para o de nível superior é apenas R$ 30. Desse jeito, a carreira não atrai mais os jovens para o magistério porque ele não tem perspectiva”, diz Leão.

As prefeituras alegam que faltam recursos para pagar o que determina a lei. Levantamento feito pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) com 1.641 prefeituras mostra que, considerando o piso como vencimento inicial, a média salarial paga a professores de nível médio variou, em 2010, entre R$ 587 e R$ 1.011,39. No caso dos docentes com formação superior, os valores variaram entre R$ 731,84 e R$ 1.299,59. “Eu nunca vi município ir à falência porque construiu biblioteca ou pagou bem a seus professores”, reclama o presidente da CNTE.

Negociações

Em Minas Gerais, os professores da rede estadual estão reunidos na manhã desta terça-feira com representantes da Secretaria de Estado de Educação, Secretaria de Planejamento e integrantes do Ministério Público Estadual.

Além de reivindicarem o piso salarial de R$ 1.597,87, para uma jornada de 24 horas e ensino médio completo, os professores querem que o governo reverta a decisão de contratar professores temporários para substituir os grevistas. O anúncio foi feito na semana passada pela Secretaria de Educação.

 

Com informações da Agência Brasil


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