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Estado de Minas

Pais de alunos cobram do Ministério Público Estadual solução para a greve na educação

Entidade acusa promotores de omissão frente ao impasse entre governo e professores; órgão garante que está empenhado em solucionar o caso


postado em 25/08/2011 08:08

A decisão dos professores da rede estadual de ensino de manter a greve no estado por tempo indeterminado foi recebida nesta quarta-feira com frustração pela Federação das Associações de Pais e Alunos das Escolas Públicas (Fapaemg). Na última segunda-feira a entidade se reuniu com a secretária de Educação de Minas, Ana Lúcia Gazzola, que prometeu empenho para solucionar o impasse entre professores e o governo. No entanto, as medidas anunciadas pela Secretaria de Educação em conjunto com a Secretaria de Planejamento e Gestão foram rejeitadas pelos grevistas.

“Vejo com muita tristeza a situação em que esses alunos se encontram. Aqueles que estão no 3º ano dificilmente vão conseguir se sair bem no Enem”, avalia o presidente da Fapaemg, Mário de Assis. Ele convoca todos os pais a contatarem o Ministério Público Estadual, órgão que ele acusa de omissão por permitir que os estudantes estejam há quase três meses longe das salas de aula.

O presidente da Fapaemg afirma que a entidade recorreu ao MPE, há mais de um mês. “Se o governo paga ou não o piso, se tem ou não o dinheiro para pagar, se os professores têm ou não razão é o Ministério Público quem tem de avaliar e tomar as medidas cabíveis”, avalia Mário. Segundo ele, os promotores do estado são coniventes com a situação e os acusa de “traição do povo”.

Por meio de sua assessoria de imprensa, o Ministério Público nega omissão ao caso, já que por duas vezes a Coordenadoria de Defesa da Educação já se reuniu com as secretarias de Educação e Planejamento e Gestão e com o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-Ute). O último encontro ocorreu na semana passada e ainda não há nada para uma terceira reunião com as partes. O MPE garante que a situação está sendo analisada e tão logo haja um esclarecimento sobre o assunto, caso o impasse não seja solucionado, o órgão irá acionar a Justiça para que tome uma decisão.


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