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Estado de Minas

Investigação da PF pode aumentar número de provas canceladas

A presidente do Inep disse que a aplicação do Enem foi perfeita e que é preciso observar como a ética está sendo trabalhada


postado em 31/10/2011 19:29 / atualizado em 31/10/2011 20:26

O Ministério da Educação informou, no início da noite desta segunda-feira, que pode pedir o cancelamento de um número maior de provas de alunos que teriam tido acesso a questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) antes do fim de semana dos exames. Segundo o órgão, isso vai ocorrer se investigações da Polícia Federal apontarem que mais alunos do cursinho pré-vestibular da instituição Christus, ou de outras instituições de ensino da capital cearense, tiveram acesso antecipado às 14 questões disponibilizadas em um simulado. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) poderá ampliar o número de provas canceladas e oferecer a esses estudantes a oportunidade de refazer a prova nos dias 28 e 29 de novembro.

Em entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira, a presidente do Inep, Malvina Tuttman, informou que cabe ao Juiz Federal decidir sobre a anulação das provas. “Estamos confiantes na decisão do juiz da 1ª. Vara da Justiça Federal do Ceará. Fornecemos todos os esclarecimentos e subsidiamos a Justiça Federal. Agora cabe a ela decidir”, disse.

Malvina ainda deixou uma mensagem aos participantes do Enem. “Queremos tranquilizar a todos os estudantes e suas famílias no sentido de que nossas alegações são fortes e o nosso convencimento é de que o problema está restrito apenas a um grupo de alunos de um colégio em Fortaleza”, alegou a presidente.

Ela disse ainda que é preciso saber como a ética está sendo trabalhada e que a aplicação do Enem não teve erros .“Para nós ,é importante saber como as escolas estão trabalhando os valores éticos com seus alunos. A questão não se localiza no Enem. Sua aplicação foi perfeita. O que importa é verificar até que ponto esta competitividade comercial pode ter afetado o comportamento e os valores dos estudantes”, alegou.

Para ela, a aplicação da prova, elaborada com base na Teoria de Resposta ao Item (TRI), nos dias 28 e 29 de novembro, não favorece nem prejudica nenhum dos candidatos. “A prova mede o mesmo nível de conhecimento e pode ser comparada no tempo”. Ela lembrou o caso das enchentes em 2009, no Espírito Santo, e dos alunos que foram prejudicados por erros de impressão em 2010. “Todos fizeram a prova e ninguém reclamou que a prova estava mais fácil ou mais difícil. Até porque não estava. Calibrada pela TRI, as provas tem o mesmo nível de dificuldade.”

Por fim, com relação ao Banco Nacional de Itens, a professora Malvina Tuttman reafirmou que o número de itens divulgado (20 mil para todos os exames e seis mil exclusivamente para o Enem) são suficientes e seguros para a aplicação das duas provas previstas para 2012.


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