O governo federal voltou atrás na decisão de recorrer à decisão da Justiça Federal do Ceará que determinou a anulação de 13 questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) aplicado nos dias 21 e 22 de outubro. No início da manhã o Ministério da Educação (MEC) chegou a afirmar que iria recorrer da decisão da Justiça Federal do Ceará, por considerá-la "desproporcional e arbitrária". A nova orientação, porém, é seguir a determinação da Justiça e evitar uma nova batalha judicial, como a ocorrida no ano passado, quando o exame chegou a ser suspenso.
As perguntas estavam reproduzidas em apostilas distribuídas pela escola semanas antes da aplicação do Enem. Após investigação da Polícia Federal, o Ministério Público Federal (MPF) queria a suspensão do exame no Brasil todo ou a anulação das 13 questões. Já o Ministério da Educação queria nova prova apenas para os 639 concluintes do ensino médio do colégio Christus.
O ministro da Educação, Fernando Haddad, que participou do programa Roda Viva, da TV Cultura, na noite dessa segunda-feira, considerou positiva a decisão de cancelar as questões, porque afastou a possibilidade de cancelamento total da prova. "Neste ano, a decisão é muito mais sóbria", disse o ministro.