Após decisão do Ministério Público Federal do Ceará (MPFC) de cancelar 13 questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o procurador federal do órgão afirmou nesta terça-feira que vai entrar com requerimento pedindo para estender o cancelamento para mais uma questão. A decisão foi tomada após a constatação de que a questão 25 do caderno amarelo tinha “conteúdo equivalente” ao da questão 11 do caderno de Ciências Humanas distribuído a candidatos estudantes do colégio Christus, segundo o procurador.
No início da manhã, o Ministério da Educação (MEC) afirmou que vai recorrer da decisão da Justiça Federal do Ceará, por considerá-la "desproporcional e arbitrária".
O ministro da Educação, Fernando Haddad, que participou do programa Roda Viva, da TV Cultura, na noite dessa segunda-feira, considerou positiva a decisão de cancelar as questões, porque afastou a possibilidade de cancelamento total da prova. "Neste ano, a decisão é muito mais sóbria", disse o ministro.
Vazamento
A denúncia de vazamento foi feita nas redes sociais virtuais por um candidato que afirmou que alunos do Colégio Christus, de Fortaleza, tiveram acesso às questões em outubro do ano passado. Na ocasião, as questões foram apresentadas durante o pré-teste, aplicado pelo MEC a alunos selecionados para avaliar o nível de dificuldade das provas.