O Ministério da Educação (MEC) anunciou nesta quinta-feira o corte de mais 2.794 vagas em 153 cursos que obtiveram resultado insatisfatório nas avaliações de qualidade promovidas pela pasta. A medida atinge graduações nas áreas de biomedicina, nutrição e fisioterapia que tiveram nota 1 ou 2 no Conceito Preliminar de Curso (CPC) de 2010.
O indicador afere a qualidade da oferta do ensino em uma escala que vai de 1 a 5. As informações foram publicadas hoje no Diário Oficial da União. O corte faz parte do processo de supervisão pelo qual passam esses cursos em função dos resultados insuficientes. A redução atinge 29 cursos de biomedicina (811 vagas), 50 cursos de nutrição (772 vagas) e 74 cursos de fisioterapia (1.211 vagas).
As instituições de ensino terão um ano para cumprir as exigências do termo de saneamento de deficiências que será firmado com o governo. Após esse período, o MEC fará uma nova avaliação para verificar o cumprimento das exigências. Se as deficiências não forem corrigidas, as instituições poderão, ao fim do processo, ser descredenciadas pelo MEC.
Minas Gerais
Quase 20% das instituições que tiveram cursos com vagas cortadas para o próximo ano, são de Minas Gerais. Para o MEC, as instituições que ficaram com nota 1 ou 2 no Conceito Preliminar de Curso (CPC) de 2010, indicador que afere a qualidade da oferta do ensino em uma escala que vai de 0 a 5, têm o desempenho considerado insatisfatório. As medidas foram publicadas no Diário Oficial da União desta quarta-feira.
Das 28 instituições de Minas, apenas duas são de Belo Horizonte. Mesmo sofrendo a medida cautelar, a Faculdade Salgado de Oliveira- Universo e a Faculdade Pitágoras não tiveram vagas cortadas e poderão manter a oferta de 40 cadeiras para os cursos de fisioterapia e nutrição, respectivamente.
Na lista de Minas, ainda foram encontradas duas instituições que tiveram reincidência de resultado insatisfatório e por isso o Centro Universitário de Caratinga e a Unipac de Araguari sofreram ainda uma redução adicional de vagas de 30%.
O ministério pretende ainda suspender até o fim do ano 50 mil vagas em graduações na área da saúde, ciências contábeis e administração que tiveram resultado insatisfatório nas avaliações de 2009 ou 2010.