A greve dos professores da Universidade de Brasília (UnB), aprovada por ampla maioria em assembleia realizada nesta sexta-feira, divide opiniões entre alunos e internautas. O Eu, Estudante colocou no ar, na última quinta-feira, enquete para saber se os leitores do site concordam com a paralisação como forma de apoiar a reestruturação do plano de carreira da categoria. Mais de 150 internautas já votaram: 52% não concordam com a greve e 48% são a favor do movimento.
A estudante do curso de farmácia Fernanda Pantoja, 20 anos, conta que estava apreensiva em relação à decisão que seria tomada. Ela afirma, porém, apoiar a greve dos docentes. “Não tiro a razão dos professores, faltam condições de trabalho”, diz. Francine Nabuco, 18, também estudante de farmácia, tem uma opinião diferente. A jovem é de Maceió (AL) e tem dificuldades para se manter em Brasília. Para ela, é importante saber o período em que poderá tirar férias.
Francine não questiona o direito dos professores de fazer greve, mas acredita que este não é o melhor momento. “Eles acabaram de receber um aumento. Essa greve vai atrasar o andamento das aulas e, no fim, o conteúdo será passado muito rápido”, reclama. Ela se refere ao reajuste de 4% aos professores universitários, garantido pela Medida Provisória 568, que entrou em vigor na segunda-feira (14/5). Agora, os docentes buscam a reestruturação do plano de carreira.
Durante a assembleia, o estudante de educação física Davi Leonardo pediu a palavra. Davi disse que, apesar de a greve não ser bem aceita na Faculdade de Educação Física (FEF), ele apoia o movimento, pois é um instrumento legítimo de batalha dos docentes. O jovem acrescentou que precisa haver uma articulação entre professores e estudantes. “Eu peço que os professores conversem com os estudantes. Essa greve discutirá a valorização do professor e da educação”, disse.
PROFESSORES
O professor da Faculdade de Educação (FE) Erlando da Silva Reses, afirmou ser a favor da greve por causa da paralisação das negociações entre professores e governo. Ele explica que a carreira de professor tem pouco prestígio se comparada a outras carreiras de ensino superior. Uma das reclamações do professor é a diferença salarial entre professores adjuntos e associados. Para Reses, a reestruturação irá aproximar esses dois níveis.
O presidente da Associação dos Docentes da Universidade de Brasília (AdunB), Ebnezer Nogueira, esclareceu que as discussões sobre a greve iniciaram em março, na primeira semana de aula. Segundo ele, ocorreram assembleias periódicas para discutir o tema. “Nós temos que entrar [na greve] sabendo o que fazer, não é só porque outras universidades entraram em greve que vamos fazer o mesmo.”
Ebnezer Nogueira disse que o fim da greve depende do governo: “Esperamos que, desta vez, o governo possa agir de uma maneira mais clara e rápida”. Ele informou que as faculdades têm autonomia para decidir se param ou não as atividades. Até o fim do dia deve ser formado o comando de greve.
A estudante do curso de farmácia Fernanda Pantoja, 20 anos, conta que estava apreensiva em relação à decisão que seria tomada. Ela afirma, porém, apoiar a greve dos docentes. “Não tiro a razão dos professores, faltam condições de trabalho”, diz. Francine Nabuco, 18, também estudante de farmácia, tem uma opinião diferente. A jovem é de Maceió (AL) e tem dificuldades para se manter em Brasília. Para ela, é importante saber o período em que poderá tirar férias.
Francine não questiona o direito dos professores de fazer greve, mas acredita que este não é o melhor momento. “Eles acabaram de receber um aumento. Essa greve vai atrasar o andamento das aulas e, no fim, o conteúdo será passado muito rápido”, reclama. Ela se refere ao reajuste de 4% aos professores universitários, garantido pela Medida Provisória 568, que entrou em vigor na segunda-feira (14/5). Agora, os docentes buscam a reestruturação do plano de carreira.
Durante a assembleia, o estudante de educação física Davi Leonardo pediu a palavra. Davi disse que, apesar de a greve não ser bem aceita na Faculdade de Educação Física (FEF), ele apoia o movimento, pois é um instrumento legítimo de batalha dos docentes. O jovem acrescentou que precisa haver uma articulação entre professores e estudantes. “Eu peço que os professores conversem com os estudantes. Essa greve discutirá a valorização do professor e da educação”, disse.
PROFESSORES
O professor da Faculdade de Educação (FE) Erlando da Silva Reses, afirmou ser a favor da greve por causa da paralisação das negociações entre professores e governo. Ele explica que a carreira de professor tem pouco prestígio se comparada a outras carreiras de ensino superior. Uma das reclamações do professor é a diferença salarial entre professores adjuntos e associados. Para Reses, a reestruturação irá aproximar esses dois níveis.
O presidente da Associação dos Docentes da Universidade de Brasília (AdunB), Ebnezer Nogueira, esclareceu que as discussões sobre a greve iniciaram em março, na primeira semana de aula. Segundo ele, ocorreram assembleias periódicas para discutir o tema. “Nós temos que entrar [na greve] sabendo o que fazer, não é só porque outras universidades entraram em greve que vamos fazer o mesmo.”
Ebnezer Nogueira disse que o fim da greve depende do governo: “Esperamos que, desta vez, o governo possa agir de uma maneira mais clara e rápida”. Ele informou que as faculdades têm autonomia para decidir se param ou não as atividades. Até o fim do dia deve ser formado o comando de greve.