Depois do ministro da Educação, Aloizio Mercadante, dizer que não havia margem orçamentária para melhorar a proposta de reestruturação da carreira dos professores federais e dos ministérios da Educação e do Planejamento encerrarem sem avanços a reunião realizada nessa segunda-feira com a categoria – quando os docentes comunicaram que recusaram por unanimidade o reajuste de até 45% – o governo recuou e apresentou uma proposta maior em novo encontro promovido nesta tarde, em Brasília.
Outra mudança diz respeito ao início do reajuste, que seria concedido a partir de março de 2013 e não mais julho, como proposto anteriormente pelo governo. A reivindicação dos grevistas é de que o aumento já passe a vigorar em janeiro. Os novos valores representam um impacto de mais R$ 300 milhões no orçamento do governo, que já iria investir R$ 3,9 bilhões.
Governo 'no limite e confiante'
Para o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, a contraproposta mostra o recuo do governo em prol do fim da paralisação e descarta novo aumento. "Em uma negociação sempre tem margem, mas o governo já fez movimento de avanço ouvindo críticas e necessidades. Estamos convictos que essa é proposta para fazer acordo", assegurou.
O secretário de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação, Marco Antônio de Oliveira, dá a entender que essa é a proposta final e que o governo chegou ao "limite" tanto em "critérios de ascensão quanto em valores". "Nós já adaptamos a proposta, fizemos uma série de alterações. No caso de valores, chegamos ao limite. Temos que pensar na situação que o país está vivendo de incertezas, que decorre do cenário de crise internacional", disse.
*Com Agência Brasil