Os professores das universidades federais decidiram continuar em greve, segundo comunicado oficial do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino (Andes), divulgado na madrugada desta segunda-feira, após reunião realizada na noite de ontem. A categoria está parada há 110 dias mesmo com a afirmação taxativa do governo de que as negociações estão encerradas.
Marcos Bissoli destaca, ainda, que a Andes considera anti-sindical a atitude do governo de encerrar as negociações. Segundo ele, o fato já foi denunciado a órgãos internacionais.
A proposta do governo, que prevê reajustes entre 25% e 40%, nos próximos três anos, e redução do número de níveis de carreira de 17 para 13, foi aceita pela Federação de Sindicatos de Professores de Instituições de Ensino Superior (Proifes).
O Ministério da Educação reafirmou, por meio da assessoria de imprensa, que não haverá reabertura de negociações relativas à proposta salarial e de carreira docente apresentada pelo governo federal e já firmada pela Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes).
UFMG
Segundo o Sindicatos de Professores de Universidades Federais de Belo Horizonte e Montes Claros (APUBH), a categoria se reunirá em assembleia na próxima quarta-feira, às 14h, na UFMG. Durante a reunião os professores vão discutir a conjuntura local e nacional da greve e votar a continuação ou encerramento da paralisação.
De acordo com a professora Anelise Silva, do Comando Nacional de Greve da UFMG, tudo indica que a paralisação será mantida. “A maioria é a favor da continuação. Na última assembleia, só um quatro dos professores queriam o encerramento”, destaca.