Diante da falta de acordo na primeira audiência de conciliação, ocorrida no início do mês, no Supremo Tribunal Federal (STF), o imbroglio envolvendo a presença das obras de Monteiro Lobato nas escolas voltará a ser discutida, desta vez no Ministério da Educação (MEC), em reunião marcada para hoje.
Na primeira reunião, ocorrida no gabinete do ministro Luiz Fux, o Iara cedeu em alguns pontos. Desistiu de pedir a proibição de Lobato, mas exigiu que os livros incluam uma nota explicativa e que o MEC capacite os professores sobre o assunto.
A pasta, por sua vez, sustentou que já solicitou à editora a inserção de texto que contextualize a obra nos novos exemplares, além de assegurar que mantém programas de qualificação dos docentes. Mas a entidade considera as providências insuficientes, argumentando, por exemplo, que é baixo o número de professores já treinados nas universidades sobre relações étnicas e raciais: 68 mil em um universo de 2 milhões de educadores. Caso a reunião de hoje não alcance o consenso, o tema voltará ao Supremo Tribunal Federal, para a apreciação do plenário.