Foram sancionadas pela presidente Dilma Rousseff, na tarde desta quarta-feira, as leis que criam quatro universidades federais no país, sendo duas na Bahia, uma no Ceará e outra no Pará. Ao todo, o governo prevê que as novas instituições beneficiem 38.360 alunos, que poderão escolher entre 145 novos cursos de graduação. Durante a cerimônia, que foi realizada em Brasília, a presidente destacou a ampliação no ensino superior. "Criar universidades é um ato importante porque, além de criar oportunidades, tem um efeito transformador nas pessoas, nas regiões e no país", pontuou a presidente.
As novas instituições que passam a integrar o quadro do Ministério da Educação (MEC) são a Universidade Federal do Cariri (UFCA), no Ceará; a Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa); além das federais do Oeste (Ufob) e do Sul da Bahia (Ufesba). Para atender os estudantes serão contratados 1.677 professores e 2.156 técnicos administrativos. O objetivo é que os novos campi cheguem a 16 cidades no Norte e Nordeste do país.
Em sua fala, Dilma salientou a importância da interiorização das universidades. "As potencialidades de uma região se desenvolvem e se expandem quando se cria naquela população uma formação educacional capaz de tornar esta educação um elemento transformador da realidade", destacou a presidente, que completou: "É uma forma de discriminação [a ausência de federais no interior]".
As novas federais
A Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB) terá sede na cidade de Barreiras e campi nos municípios de Bom Jesus da Lapa, Barra, Santa Maria da Vitória e Luís Eduardo Magalhães. A UFOB contará com 35 cursos de graduação e pós-graduação e atenderá 7.930 estudantes. Já a sede da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFESBA) será em Itabuna, com campi nos municípios de Porto Seguro e Teixeira de Freitas. Serão oferecidas 36 opções de cursos a 11.110 estudantes de graduação e pós graduação.
No Pará, a Unifesspa vai atender 128 mil estudantes em 47 cursos em campi localizados nos municípios de Marabá, Rondon do Pará, Santana do Araguaia, São Félix do Xingu e Xinguara. A UFCA, por sua vez, vai oferecer 27 cursos e terá cerca de 6.500 estudantes. As cidades atentidas serão Juazeiro do Norte, Barbalha e Crato.
Cefet-MG briga por reconhecimento
Em Minas Gerais, o Centro Federal de Educação Tecnológia (Cefet-MG) briga para ser reconhecido pelo Ministério da Educação como universidade. Em maio, uma Frente Parlamentar foi criada para debater o assunto. O reconhecimento da instituição mineira pode levar campi universitário a cinco regiões do estado e mais de 11mil alunos. Leia mais.