(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

A pouco mais de dois meses para o Enem, estudantes intensificam estudos

Candidatos a uma vaga na universidade precisam se preparar. Para especialistas, a hora é de esquecer as férias e se dedicar aos livros


postado em 18/08/2013 06:00 / atualizado em 18/08/2013 08:00



A partir de hoje, 10 semanas separam os alunos da prova que dá a eles a oportunidade de entrar na universidade. As férias do meio do ano ficaram para trás e quem ainda não estava levando os estudos tão a sério precisa correr para se preparar para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), marcado para os dias 26 e 27 de outubro. Neste ano, são 7,1 milhões de inscritos na prova mais disputada do Brasil, aumento de 24% em relação aos 5,7 milhões de participantes do ano passado. Minas Gerais, com 803,6 mil inscritos, tem o segundo maior número de candidatos, atrás apenas de São Paulo, que teve 1,1 milhão de concorrentes.

Especialistas que acompanham os alunos no dia a dia recomendam uma maratona de estudos. “É o momento para acertar os últimos detalhes e não dá para deixar para daqui a pouco”, alerta o diretor pedagógico geral do Grupo Bernoulli, Marcos Raggazzi. Mas quando a pergunta é se dá tempo ou não de ficar afiado e com o conteúdo na ponta da língua, o educador é claro: “Vai depender do estágio em que o candidato se encontra. Se o aluno não estava ligado e tinha no imaginário que o Enem era algo distante, é como se ele virasse uma chave agora. Ou se prepara de verdade ou vai ficar difícil ter uma boa nota”.

O recado que o especialista deixa para todos é o mesmo. “Os quesitos organização, dedicação e foco devem ser priorizados”, diz Raggazzi, que tem a experiência de estar à frente da escola que sempre aparece na lista das melhores notas no Enem. Ele explica que para se organizar o aluno deve ter um plano de estudos muito claro para todas as áreas de ensino. “Ele deve colocar tudo no papel, fazer um planejamento que vai da hora em que acorda até a hora de dormir levando em conta o tempo diário disponível.”
Se o aluno assiste às aulas de manhã, à tarde deve revisar os conteúdos de todas as matérias e fazer alguns exercícios para fixar a informação. Não importa se na escola ou em casa. “Toda vez que repetimos algum estudo, fortalecemos as conexões cerebrais e temos mais chance de gravar um assunto. Isso precisa ser feito no mesmo dia, porque durante o sono o cérebro faz uma ‘faxina’ e apaga as informações que estão com conexões frágeis.” Ele alerta que não atender essa recomendação e deixar para estudar somente no fim de semana pode atrapalhar todo o processo. “Se a chance de aprender seria de 80%, cai para em torno de 30%, como apontam pesquisas.”

Atento a todas as recomendações dos professores, o estudante João Victor Sousa de Souto, de 17 anos, diz se sentir preparado para o grande desafio de sua vida. Aluno do 3º ano do Colégio Santo Antônio, ele diz que mantém uma rotina de estudos puxada, mas sem abrir mão dos jogos de futebol duas vezes por semana e do espaço para a convivência com a família e com os amigos. “A preparação para o Enem vem de todo o ensino médio. Não começa somente no 3º ano ou agora, nestes três últimos meses. Como me dediquei, hoje estou tranquilo e me concentro mais em como resolver a prova”, diz o aluno, que pretende usar a nota do Enem para ingressar no curso de engenharia química na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e em outras quatro instituições.

REDAÇÃO A colega de escola Maria Luísa Cabaleiro Saldanha, de 17, também decidiu por manter o ritmo forte neste último ano e a três meses do Enem estuda das 7h às 20h. Passa o dia na escola e aproveita, além das aulas do 3º ano, os grupos de estudo na biblioteca e as orientações da monitoria. Assunto que ainda causa receio entre os candidatos, a redação também está na lista das prioridades da aluna. Com o tema sendo conhecido somente no dia da prova, ela se debruça sobre diversos assuntos e produz pelo menos três textos por semana. “Aposto no crack como tema. Mas estou lendo e escrevendo sobre vários assuntos”, diz.

A fórmula para se sair bem na redação tem dois ingredientes, de acordo com o diretor Marcos Raggazzi. Segundo ele, é preciso treinamento da técnica de produção de texto e muita informação. “O aluno deve assistir ao noticiário, ler revistas e jornais, consultar sites e estar sempre atento a tudo o que acontece no mundo. Ele precisa dedicar pelo menos meia hora para isso diariamente.” Outra atenção deve ser dada às regras para produção do texto, como destaca Raggazzi. “São três os pilares que o aluno deve treinar. “Ele deve apresentar o tema, defender uma tese apoiada em argumentos e propor uma intervenção social. Se ele não treinar isso, fica difícil”, afirma o diretor, lembrando ainda que os temas de ordem social, científica, política ou cultural são os mais frequentes. Uma boa dica, segundo Raggazzi, é ler as orientações sobre redação no site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), organizador da prova.

Dicas para fazer boa prova

Seja organizado
Estabeleça um plano de estudo
Revise o conteúdo estudado na escola ou no cursinho no mesmo dia
Treine redações
Faça simulados
Assista ao noticiário, leia jornais e revistas e mantenha-se informado
Durma bem
Cuide da alimentação e não coma alimentos pesados e gordurosos
Mantenha-se hidratado
Pratique atividades físicas
De forma moderada, mantenha os compromissos sociais e com a família
Afaste-se de pessoas negativas
Mantenha a calma
Converse consigo mesmo sobre suas metas, dificuldades, desafios
Controle a respiração
Fixe metas
Procure ajuda dos pais, amigos, professores ou profissionais sempre que necessário


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)