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Estado de Minas

Estudantes que vão fazer Enem precisam estar atentos às notícias do dia a dia


postado em 05/09/2013 07:05

'Uma das coisas que são mais fundamentais é a leitura do cotidiano. O Enem pede para analisar, não é só fazer a leitura, são as implicações daquele fato'- Silvânio Fortini, professor de geografia (foto: Marcos Michelin/EM DA Press)
'Uma das coisas que são mais fundamentais é a leitura do cotidiano. O Enem pede para analisar, não é só fazer a leitura, são as implicações daquele fato'- Silvânio Fortini, professor de geografia (foto: Marcos Michelin/EM DA Press)
A primeira coisa que faz quando acorda, enquanto se prepara para ir à escola, é entrar na internet e ler as notícias do dia. Francisco Rogério Moreira Campos tem 17 anos e esta é uma forma de se atualizar para a prova que vai fazer em 26 e 27 de outubro: o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Mas ler o jornal, assistir à tevê, ouvir rádio? Sim, respondem especialistas. Os candidatos precisam estar antenados com o que ocorre no Brasil e no mundo e discutir esses assuntos, já que eles permeiam todas as áreas de conhecimento cobradas na avaliação. Atualidades é o primeiro tema da série de matérias que o Estado de Minas publicará semanalmente para ajudar candidatos a se preparar para o Enem. As dicas serão dadas por professores dos colégios mais bem colocados no último exame.

A cada ano, professores fazem novas apostas do que será cobrado nas provas. Agora, em qualquer uma delas, os alunos podem ver assuntos que estiveram estampados nos jornais diários ou foram manchetes nos telejornais: os programas norte-americanos de espionagem, a tensão entre as Coreias, a Primavera Árabe, a crise na Zona do Euro, a vinda de médicos estrangeiros para o Brasil, as manifestações populares, a mudança de papado na Igreja Católica e muito sobre a questão ambiental, seja condições sanitárias, seja reciclagem, seja matriz energética, entre outros assuntos.

O desafio dos alunos ao se deparar com cada um desses itens todos os dias é levar para a escola e debater. Buscar informações complementares em diversas fontes, com professores, discutir com os próprios colegas e com os pais. Além disso, observar o mundo a sua volta, segundo o professor de geografia do Colégio Magnum Agostiniano Silvânio Fortini. “Uma das coisas que são mais fundamentais é a leitura do cotidiano. O Enem pede para analisar, não é só fazer a leitura, são as implicações daquele fato”, diz Fortini.

Não adianta também acompanhar somente as notícias recentes. A preparação para o Enem exige conhecimentos anteriores. Segundo Fortini, o aluno deve estar atento aos fatos que ocorreram nos últimos dois anos e buscar a história dele e suas implicações; buscar justificativa histórica para ele e analisar o futuro. “Quais são as bases históricas e implicações para um futuro próximo, por exemplo, na questão da Síria? É uma pergunta que o aluno deve fazer.” O aluno ainda deve diversificar as fontes de conhecimento, não limitar ao livro ou apostila, ir ao cinema, assistir a filmes de outras épocas, buscar conhecimentos de artes e entender o contexto que ela foi feita e autor. “Tem que diversificar, não ficar preso ao material didático.”

Francisco Rogério estuda mais de 10 horas por dia para o Enem e para completar o ensino médio. Para se sair bem na prova e conseguir uma vaga no curso de direito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), ele participa de várias discussões sobre o que pode cair na prova, além de participar de simulados. Mas ele não fica satisfeito. Para sanar dúvidas e entender diversos pontos de vista sobre um assunto, ele participa dos comitês do projeto Modelo Intercolegial das Nações Unidas, o Mini-ONU, na PUC Minas. Realizado pelo Departamento de Relações Internacionais, é uma oportunidade para que alunos do ensino médio vivenciem, durante quatro dias, a rotina de diplomatas.

Na prática, a oportunidade já deu resultados. Francisco prestou o Enem por dois anos seguidos como treineiro e, no ano passado, segundo ele, o tema da redação foi o mesmo abordado em uma das rodadas de discussão da Mini-ONU: migração. “Cheguei na prova com uma bagagem muito maior sobre o assunto.” Engajado, se tornou um coordenador do projeto no colégio e tem como uma das funções principais incentivar a participação dos colegas. Neste ano, que o Enem está valendo para sua entrada na universidade, ele espera ter a mesma sorte do ano passado.

COTIDIANO

 

Robson Araújo, professor de química e filosofia do Colégio Santo Antônio, lembra que as atualidades estão presentes em todas as provas, mesmo em questões de física ou matemática. “Uma ciência cidadão, acessível e esclarecedora contribui muito para uma escolha e decisão correta nos rumos de uma cidade. As provas do Enem fazem muito dessas questões com apelo ao cotidiano e ao atual contexto social”, afirma. Por isso, segundo ele, é importante saber sobre o uso de produtos químicos, escolha de fontes de energias limpas, respeito aos ecossistemas, “bem como um melhor entendimento do que seja biodiversidade e sustentabilidade”.


FIQUE ATENTO

Alguns assuntos são as apostas dos professores para a prova do Enem tanto nas questões fechadas quanto na redação

» Questão socioambiental, principalmente no Brasil, como a expansão da fronteira agrícola, o ciclo hidrológico, expansão metropolitana, poluição

» Os nacionalismos pós Guerra Fria e os conflitos no mundo árabe; a situação no Irã, Afeganistão e Síria

» Os conflitos na África atrelados à questão étnica

» As manifestações populares, o transporte público, uso e produção da energia no Brasil

» Xenofobia e a questão das minorias

» A chegada de médicos estrangeiros para atuar no SUS

» O programa de espionagem norte-americano e suas implicações

Alunos perguntam

Qual o lanche ideal para levar nos dois dias de Enem?
Thiago Morandi, de 18 anos, candidato ao curso de engenharia civil


Especialistas respondem
“O candidato deve sempre levar um lanche para a prova e evitar o jejum prolongado. Frutas são ótimas opções. Prefira as que podem ficar fora da refrigeração por mais tempo e são fáceis de consumir, como maçã, pêra ou banana. Barras de cereais também são boas opções, além de conter carboidrato, importante para o funcionamento do cérebro. Evite os doces, que podem elevar a glicemia rapidamente seguida de um declínio e gerar mal estar. O mesmo ocorre com o consumo de refrigerantes, que ainda podem provocar gases e desconforto nos candidatos, que ficarão muito tempo sentados. Evite biscoitos recheados e salgadinhos, que são ricos em gordura. Biscoitos integrais e sucos de frutas são boas opções. O candidato pode também levar sanduíches simples de casa, como pão integral com queijo, evitando produtos perecíveis como presunto, salame, patês e iogurtes. Leve uma garrafa de água para ser consumida aos poucos durante a prova. Cuidado com o café e chocolate: apesar de serem estimulantes, o excesso pode deixar o aluno mais ansioso, agitado e nervoso e atrapalhá-lo na hora da prova. Antes do exame, evite consumir alimentos que não tenha costume e mais pesados, como feijoadas, carnes gordurosas e frituras. A digestão é mais difícil e pode provocar sonolência.”
Patrícia Pinheiro de Freitas, nutricionista


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