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Estado de Minas

Desempenho no Enade deixa Minas bem avaliada

Resultado do Enade indica que 77,23% dos cursos avaliados no estado tiveram notas satisfatórias, mas 20,26% mostraram baixo desempenho


postado em 08/10/2013 06:00 / atualizado em 08/10/2013 06:43

De 10 cursos da Univerdade Federal de Minas Gerais, cinco obtiveram nota máxima, quatro ganharam a nota 4 e apenas um levou nota 3(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press - 24/6/13)
De 10 cursos da Univerdade Federal de Minas Gerais, cinco obtiveram nota máxima, quatro ganharam a nota 4 e apenas um levou nota 3 (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press - 24/6/13)


Dos 689 cursos superiores de Minas Gerais avaliados no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), 77,23% alcançaram níveis satisfatórios, com notas de 3, 4 e 5, mas apenas 45 deles (6,53%) obtiveram pontuação máxima. A avaliação mostra um melhor desempenho do estado em relação ao total nacional, que registrou o índice de 73,9% na soma das notas 3, 4 e 5. Os números foram divulgados ontem pelo Ministério da Educação (MEC) e revelam que 20,26% dos cursos mineiros obtiveram notas 1 e 2, o que indica nível insuficiente.

  Cerca de 23% dos cursos avaliados no estado tiveram conceito 4 e quase a metade teve conceito 3 (47,7%), totalizando 77,23% o percentual de cursos considerados satisfatórios. A nota vai de 1 a 5 e foi obtida na prova do ano passado, feita por alunos de instituições públicas e privadas que cursavam os dois últimos períodos da graduação. O resultado é um dos indicadores de qualidade da educação e é usado pelo MEC para reavaliar ou mesmo impedir a entrada de novos alunos no curso, caso a nota tenha sido insuficiente (1 e 2) durante edições seguidas.

conceitos As notas 1 e 2 foram obtidas por 20,26% dos cursos mineiros. Outros 2,46%, não tiveram conceito. Segundo o MEC, são cursos que estavam cadastrados na época da prova, mas não tinham ainda turmas nos últimos períodos da graduação. No Brasil, 30% das instituições ficaram com conceitos 5 e 4; 43,9% com nota 3; 27,3%, conceito 2;  e 2,7% com nota 1. O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, mostrou que houve aumento em todas as faixas se comparado a 2009, quando alunos das mesmas áreas fizeram a prova. Mas, há três anos, mais de 26% dos cursos ficaram sem conceito. Agora, o percentual caiu para 1,8%.

Em 2012, fizeram a prova estudantes de administração, ciências contábeis, ciências econômicas, comunicação social, design, direito, psicologia, relações institucionais, secretaria executiva e turismo, além dos cursos de tecnologia em gestão comercial, de recursos humanos, gestão financeira, logística, marketing e processos gerenciais. Nos dados divulgados ontem pelo MEC e pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o curso mais bem avaliado em Minas é o de direito da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), que teve nota 5 no índice geral e 5 no conceito Enade contínuo, usado como critério de desempate. O pior, segundo o ranking, é o de design da Universidade do Vale do Rio Doce (Univale), que teve conceito 1 e zero no conceito Enade contínuo. Nenhum representante da Univale foi localizado para comentar a nota.

Vestibular

Segundo Mercadante, as instituições que ficaram no fim da tabela correm o risco de terem seus vestibulares suspensos, como ocorreu no ano passado após divulgação do Índice Geral de Cursos (IGC), que usa nota do Enade para uma avaliação geral de cada curso. “As instituições que tiveram conceito 1 e 2 poderão reabrir o vestibular se apresentar melhora”, afirmou.

Para o especialista em educação e diretor executivo da Carta Consulta, Wille Muriel, houve uma redução significativa nos cursos sem conceito e, com isso, a tendência é de aumento em todas as faixas. Ele discorda que a nota no Enade seja usada como decisiva para o corte de vagas no ensino superior. “O Enade ainda não apresenta dados consolidados. Tirar por base a nota na prova para dar referência para a sociedade e também para punir as universidades, faculdades e centros universitários não é uma boa política”, disse. Para ele, a avaliação serve de referência quando a instituição alcança nota 1 ou 5 sempre, ou seja, os extremos. “O difícil é avaliar quem está no meio, com notas 2, 3 ou 4. Para esses, o instrumento é falho”, disse.

Em todo o país, foram avaliados 7.228 cursos de 1.646 instituições em prova feita por 469.478 alunos. Entre os cursos com melhores notas em Minas estão administração da Universidade Federal de Itajubá, ciências econômicas da Faculdade Ibmec e direito da Universidade Federal de Viçosa.

Entre os 10 cursos avaliados na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a maior instituição de ensino do estado, cinco tiveram nota 5 (administração BH, ciências econômicas, design, jornalismo e publicidade e propaganda), quatro tiveram nota 4 (administração Montes Claros, direito, ciências contábeis e turismo) e uma registrou nota 3 (psicologia).

Medicina incluída no exame
Em 24 de novembro, o MEC aplica o Enade 2013. Neste ano, serão avaliados os cursos de tecnólogo em agronegócio, gestão ambiental, gestão hospitalar e radiologia e as graduções em agronomia, biomedicina, educação física, enfermagem, farmácia, fisioterapia, fonoaudiologia, medicina, medicina veterinária, nutrição, odontologia, serviço social e zootecnia. Pela primeira vez, a prova será restrita aos estudantes que tenham cumprido mais de 80% do curso até o período de inscrições ou tenham expectativa de conclusão de curso até julho de 2014. Para esses estudantes, a participação é obrigatória – eles devem permanecer na sala de aula por pelo menos uma hora – e está vinculada ao recebimento do diploma.


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