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Estado de Minas

"Não foi erro": Professor explica gasolina com "z" no Enem

Grafia diferente da palavra virou deboche nas redes sociais. O professor de português Rodrigo Fonseca desmistifica o erro


postado em 26/10/2013 20:44 / atualizado em 27/10/2013 21:35

"Erro" foi compartilhado nas redes sociais (foto: Reprodução / Instagram)

Uma questão da prova de Ciências Humanas e suas tecnologias repercutiu nas redes sociais no primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).


Em um texto sobre a política desenvolvimentista do ex-presidente Juscelino Kubitschek, a grafia da palavra "gasolina" com "z" ("gazolina") acabou sendo interpretada por candidatos como um erro e criticada na internet.

"Aprendi no Enem que gazolina se escreve com 'z' e não mais com 's'" ironizou uma candidata, pelo Twitter. "Se amanhã eu escrever 'gazolina' na redação, vou perder ponto?', questionou outra. "A partir do momento que a prova de história me aparece escrito 'gazolina', minha redação pode também né?" perguntou um terceiro.

(foto: Reprodução / Instagram)
(foto: Reprodução / Instagram)
Mal sabem os candidatos que a charge em questão foi publicada em 1971, ano em que a palavra possuía uma grafia diferente da atual.

O professor de português Rodrigo Fonseca explica que a palavra está de acordo com os padrões ortográficos de 71, ano da publicação. "À época gazolina era o certo, sim, e isso só viria a mudar após um acordo ortográfico, feito no mesmo ano, que definiu que toda palavra entre vogais com som de 'z' seria escrita com 's'" afirma. "Esses acordos levam cerca de cinco anos para serem efetivados, e a mudança só veio depois da charge", completa."Isso é coisa de gente que quer denegrir um processo que, até o momento, foi impecável".



Mercadante diz que grafia de gasolina em charge na prova do Enem respeitou época do texto


Em coletiva com a imprensa realizada no domingo o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, comentou a questão da prova do Enem na qual a charge aparece. Segundo o ministro, na prova, a charge aparece grafada da maneira como foi escrita na época, na década de 60.

O texto é de autoria do chargista Théo e foi retirado do livro 'Uma História do Brasil Através da Caricatura' (1840-2001).

"A charge é de 1960 e contextualiza o tema da época", disse. Perguntado se o Ministério da Educação não deveria ter grafado da maneira correta para os dias de hoje, ele diz que isso é um debate pedagógico que deve ser incentivado.

*Com informações da Agência Brasil


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