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Estado de Minas

Dores do Turvo é o município com melhor desempenho na Olimpíada de Matemática


postado em 10/12/2013 06:00 / atualizado em 10/12/2013 07:16

Com apenas 4.516 habitantes, a pequena Dores do Turvo, na Zona da Mata, está em festa. A cidade teve o melhor desempenho em um balanço de nove anos da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep). Alcançou também o primeiro lugar no ranking na edição deste ano. Todo o mérito é da Escola Estadual Terezinha Pereira, que acumula 166 premiações no concurso. O envolvimento nas olimpíadas conseguiu transformar a odiada matemática na disciplina queridinha dos alunos. “A quantidade de alunos que passaram a fazer cursos da área de exatas nos vestibulares é enorme”, conta o professor de matemática Geraldo Amintas, que prepara os estudantes para a Obmep.

A fórmula do bom desempenho ele não esconde. “Os professores têm muita disponibilidade em ajudar. Tentamos, ao máximo, associar a disciplina à vida, mostrando que não é algo que se aprende apenas para conseguir uma nota.” A escola também promove aulas específicas para os estudantes que passam para a segunda etapa do concurso. O resultado não podia ser outro: apenas nas olimpíadas de 2013, a escola obteve quatro medalhas de ouro, três pratas, sete bronzes e 19 menções honrosas.

“Tivemos 90% de aproveitamentos dos alunos. Dos 36 que participaram da segunda fase do concurso, 33 foram premiados”, comenta Amintas, que não tem dúvidas de que as olimpíadas deram fama nacional à cidade. E a seus alunos também. No 8º ano do ensino fundamental, Dávila Meireles, de 14 anos, no ano passado primeiro lugar de Minas e segundo nacional, ganhou outro ouro. Seu colega de classe, Evandro Firmino, de 13, conquistou o terceiro ouro na competição. O estudante do 7º ano Filipe Souza Cruz, de 13, exibe no peito medalha de ouro da última Obmep e se alegra em ter ajudado o município a ficar conhecido. “Sou nascido e criado aqui e foi uma surpresa enorme uma cidade com menos de 5 mil habitantes ficar em primeiro lugar. Fiquei muito feliz e me senti vitorioso”, conta Filipe, que, com muito esforço, quer repetir o bom resultado no ano que vem.

O pacato município é apenas um das 34 cidades mineiras que figuram entre as 50 melhores na competição. Entre os destaques estão Juiz de Fora, com sete ouros, e Conceição dos Ouros, Inhapim, Araxá e Bom Despacho, com medalhas de ouro cada. A capital teve 19. Como nos últimos oito anos, o estado seguiu no primeiro lugar do ranking das olimpíadas, com um total de 149 das 500 medalhas de ouro distribuídas no país. O resultado é consequência da qualidade do ensino público de Minas, segundo o diretor adjunto do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (IMPA) e coordenador geral da Obmep, Claudio Landim. “Essa superioridade é observada há nove anos, quando começou a olimpíada”, explica.

PROFESSOR


A maioria das cidades mineiras premiadas é de poucos habitantes. Landim diz que isso se deve ao papel do professor no interior, onde possui mais status social, respeito e admiração dos estudantes. Hoje, mais de 50% dos medalhistas escolhem cursos de engenharia. Para que esse incentivo permaneça, os 6 mil premiados são convidados a participar do Programa de Iniciação Científica Jr. em 2014.

A participação das escolas mineiras na competição é estimulada pela Secretaria de Estado de Educação (SEE). “A matemática, junto com as linguagens, estão entre as disciplinas estruturantes. Quando o aluno se desenvolve em matemática, ele melhora nas outras, pois trabalha questões fundamentais, como o raciocínio lógico”, afirma a secretária de Estado de Educação, Ana Lúcia Gazzola.


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