A pesquisa básica terá destaque este ano no âmbito do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), informou o secretário executivo da pasta, Luiz Antonio Elias. Segundo ele, o ministro Marco Antonio Raupp determinou que até o início de 2014 seja divulgado o novo edital dos institutos nacionais de Ciência e Tecnologia, já que considera a iniciativa importante para as redes de excelência nessa área. O edital visa à renovação e à formação de novos institutos nacionais de ciência e tecnologia, que desenvolvam pesquisas em áreas consideradas estratégicas para o país, como biotecnologia e mudanças climáticas, por exemplo.
O secretário avaliou que o número de doutores brasileiros e a quantidade de publicações científicas têm crescido nos últimos anos, mas os investimentos no setor no Brasil são considerados recentes, quando comparados ao que ocorre em países como os Estados Unidos, por exemplo. “Nós estamos fazendo o dever de casa, não só ampliando consideravelmente a parte de pesquisa, mas melhorando também a infraestrutura laboratorial e aumentando os novos campi”.
Elias lembrou que a presidenta Dilma Rousseff determinou que fossem ampliados e descentralizados os eixos das universidades, dentro das regiões metropolitanas, para que elas chegassem ao interior do Brasil e citou a parceria com outros órgãos do governo. “Isso está sendo feito. Por outro lado, estamos casando muitos recursos com o Ministério da Educação, que tem sido um parceiro muito positivo na estruturação de políticas de atendimento tecnológico e na área de pesquisas básicas e de formação de recursos humanos”, assegurou Elias.
O secretário executivo avaliou que o ano de 2013 foi positivo para o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. “Tivemos várias iniciativas que são centrais para o processo de crescimento na área de pesquisa e desenvolvimento”.
Elias destacou a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), que foi montada e estruturada num trabalho conjunto entre os ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação e da Educação, que engloba tanto a área tecnológica de educação, por meio do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), quanto a área de pesquisa do MCTI, reforçando laboratórios que são complementares ao setor industrial. A Embrapii terá, nos próximos seis anos, quase R$ 2 bilhões para aplicar em projetos compartilhados com o setor industrial.
O secretário executivo citou também o Instituto Nacional de Pesquisas Oceanográficas e Hidroviárias (Inpoh), organização social criada pelo ministério, que está em fase de qualificação, voltada para a pesquisa oceanográfica, com capilaridade em outros ministérios (Defesa, Secretaria de Portos, Pesca e Aquicultura). “A ideia central é que se reforce a pesquisa em toda a zona costeira brasileira e se amplie a capacidade de valorar, ou seja, trazer valor agregado através da realidade da costa brasileira”.
O secretário salientou ainda, entre os pontos positivos registrados pelo ministério no ano passado, a recuperação do crédito pela Finep (Agência Brasileira da Inovação, antiga Financiadora de Estudos e Projetos do ministério). “A Finep está conseguindo cada vez mais recuperar o crédito, impulsionando o processo produtivo. E, certamente, em articulação com o Plano Brasil Maior, isso traz um benefício enorme ao setor industrial, especialmente em planos de inovação”. Sustentabilidade e mobilidade são áreas em que a inovação trará benefícios para as cidades brasileiras, observou Elias.