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Estado de Minas ESPECIAL EDUCAÇÃO

Química deixa de ser um bicho de sete cabeças e alunos percebem aplicação prática da matéria

O laboratório é o lugar preferido da turma


postado em 25/01/2014 14:59 / atualizado em 25/01/2014 15:24

Hélio Vilaça, professor de química, diz que a disciplina deixou de ser um bicho de sete cabeças e que os alunos percebem que a matéria tem aplicação prática(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press )
Hélio Vilaça, professor de química, diz que a disciplina deixou de ser um bicho de sete cabeças e que os alunos percebem que a matéria tem aplicação prática (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press )

Não é possível que química se resume a números… Assim, o então professor novato Hélio Vilaça percebeu que precisava inovar para ensinar a matéria de maneira interessante. Era 1999. Agora, no Colégio Sagrado Coração de Jesus, os estudantes do ensino médio se envolvem com números, fórmulas e teorias nas experiências em laboratório e em aulas práticas. “O que mais ajuda é vivenciar o aprendizado, e não ficar no caderno. A partir do momento em que eles começam a interpretar os fenômenos, deixam de decorar o conteúdo.” Hélio conquistou os alunos com uma didática mais próxima da realidade.

O laboratório é o lugar preferido da turma. Lá eles podem conhecer uma pilha por dentro e construir outra usando batata, clip e fio de cobre. Em outra experiência, os alunos produzem sabão caseiro a partir de óleo de cozinha. Na hora de falar sobre energia alternativa, Hélio mostra as células fotovoltaicas do sistema de aquecimento solar do colégio. Muitos que associavam química à Tabela Periódica, decoreba e fórmulas hoje falam em tecnologia, medicamento e novos materiais. “A disciplina deixou de ser um bicho de sete cabeças. Eles encaram a química como algo da vida deles, pois percebem que aquilo que já leram tem aplicação.”

Para que serve? Essa é a pergunta que o professor de matemática Carlos Leonardo de Alcântara Almeida, de 39, mais ouve dos alunos do ensino médio da Escola Estadual Gabriel Arcanjo de Mendonça, em São João Nepomuceno, na Zona da Mata. A estratégia dele é provar que a disciplina está em todo lugar. “Quando conseguimos dar a resposta, eles ficam muito satisfeitos, mais motivados e perdem o medo da matemática”, conta. Entre as iniciativas, está a de levar os alunos até uma obra para que eles observem os cálculos de um pedreiro, mostrar uma representação do globo terrestre, com as linhas, para relacionar a matemática com a geografia, usar um programa de engenharia no laboratório de informática para trabalhar noção espacial.

Há quatro anos, o professor da rede pública criou a Feira Estudantil Redescobrindo a Matemática (Fermat) – a sigla é o sobrenome de um matemático francês. Os alunos apresentam os trabalhos realizados ao longo do ano, enquanto o público interage com as invenções. Um círculo de madeira de um metro de diâmetro, por exemplo, ajuda a entender que o quadrado da hipotenusa é a soma dos quadrados do catetos, do teorema de Pitágoras.


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