“O resultado é fruto de anos de pesquisa com pessoas que investem um tempo enorme de preparação em experimentos.” Foi com essas palavras que o pró-reitor de graduação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Ricardo Hiroshi Caldeira Takahashi, comemorou o bom desempenho no levantamento realizado pelo grupo Nature. A pesquisa analisou artigos publicados em 68 periódicos com impacto mundial. A UFMG ficou entre as cinco primeiras do país e a nona da América Latina.
O levantamento da Nature Global Index analisou artigos das áreas de física, química, biologia e geologia. Para pontuar cada universidade, utilizaram três parâmetros. O número bruto de artigos, a participação das instituições em cada artigo, considerando o conjunto dos autores. Neste caso, se o artigo tiver 10 autores, por exemplo, cada um leva um décimo do assunto para sua instituição. O último seria a contagem fracionada ponderada. Esse parâmetro foi criado para retirar o peso excessivo da astronomia. Pois, há um número desproporcional de artigos sobre o tema enquanto que outros tem publicações bem abaixo.
Já no ranking da América Latina, a primeira colocada é a USP, seguida da National Scientific and Technical Research Council (Conicet), da Argentina, Universidade de Buenos Aires, Universidade do Chile, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Pontifícia Universidade Católica do Chile, Universidade Estadual Paulista (UNESP), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), UFMG, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
O pró-reitor da UFMG comemora o resultado. “Esses números revelam algo que significa um trabalho enorme de muitos anos e de política institucional. Os números revelam que temos uma densidade de pesquisa que é relevante. Temos outros indicativos de outros ranking que medem outras sistemáticas que nos coloca mais ou menos nestas posições, tanto na América Latina, quanto no país”, comentou Takahashi.
O professor ressalta o bom resultado da UFMG em relação a outras universidades avaliadas. “A UFMG é muito menor que a USP e que a universidade de Buenos Aires. Se for olhar o número de docentes o número seria bem menor”, disse.