Alunos de 11 universidades, um centro técnico e cinco institutos de ensino federais em Minas Gerais não vão retornar às aulas em 3 de agosto, como estava previsto no calendário. No país, são 66 instituições. A falta de acordo entre governo federal e servidores técnico-administrativos em educação dificultou a realização das matrículas, mesmo com a escala mínima de 30% dos funcionários em muitas das escolas. Para Cristiana del Papa, integrante da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra), mesmos que o governo apresente proposta que atenda a categoria, na reunião do dia 4, somente em setembro terá como iniciar as aulas.
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Por causa da greve, aulas na UFOP podem se estender até o início de 2016UFOP suspende início das aulas de graduação por causa de greve dos servidoresNova proposta não agrada e servidores técnico-administrativos mantêm greveGreve impede recomeço das aulas na UFMG; curso de Odontologia nem fechou o semestreA reunião entre representantes do Ministério do Planejamento e servidores técnico-administrativos de instituições federais, cujo movimento hoje completa 52 dias, ocorreu na noite da segunda-feira. O governo federal não alterou a proposta de reajuste salarial e passou a oferecer um aumento nos auxílios saúde e alimentação.
De acordo com Cristina, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e o Centro Federal de Educação de Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG) terão que adiar o início do segundo semestre letivo. “Não há mais tempo. Com certeza será adiado”, diz a sindicalista. Na última semana, a UFMG admitiu que, se a paralisação continuar, pode haver alteração no calendário acadêmico. As matrículas dos calouros e veteranos está adiada por tempo indeterminado.
A Universidade Federal de Ouro Preto, por meio de nota da Pró-reitoria de Graduação (Prograd), informou que, em razão das greves dos docentes e dos servidores técnico-administrativos, fica adiado, por tempo indeterminado, o início das aulas dos cursos presenciais de graduação, inicialmente previsto no calendário acadêmico para 3 de agosto. Associação dos Servidores da Ufop (Assufop) solicitou aos conselhos superiores da universidade a suspensão do calendário acadêmico do segundo semestre. O documento foi elaborado em conjunto com o comando de greve do Sindicato Adufop (Associação dos Docentes da Ufop).
Por nota, o MEC informou que tem acompanhado a greve nas instituições federais, no entanto não cabe à pasta garantir os serviços administrativos, cuja gestão cabe a cada uma delas, obedecendo ao princípio da autonomia.
EM GREVE
INSTITUIÇÕES FEDERAIS QUE ADERIRAM AO MOVIMENTO EM MINAS
- Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ)
- Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM)
- Universidade Federal de Uberlândia (UFU)
- Universidade Federal de Viçosa (UFV)
- Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
- Universidade Federal de Alfenas (Unifal)
- Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
- Universidade Federal de Itajubá (Unifei)
- Universidade Federal de Lavras (Ufla)
- Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
- Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop)
- Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais (Ifsemg)
- Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM)
- Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG)
- Instituto Federal do Norte de Minas Gerais (IFNMG)
- Instituto Federal do Sul de Minas Gerais (IF Sul de Minas)
- Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet)