Os projetos de extensão vão voltar a ser pagos em agosto na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), na Região da Zona da Mata. Eles tinham sido paralisados devido a decisão do Conselho Universitário (Consu) de adiar o início do calendário acadêmico no segundo semestre, a greve dos professores e dos servidores técnico-administrativos. A pró-reitoria de extensão atendeu o apelo dos coordenadores dos projetos e voltou atrás da decisão. Vai caber a cada orientador decidir quais programas vão manter as atividades. Assim que a frequência for lançada no sistema da universidade, o aluno receberá pelo serviço.
A crise nas universidades federais de Minas e de todo país se estendem desde o fim do ano passado quando o governo federal decidiu pelo contingenciamento de recursos na ordem de 33%. Por conta do ajuste orçamentário do governo federal, o Ministério da Educação (MEC) reduziu R$1,9 bilhão do total de quase R$ 9 bilhões previstos no orçamento 2015 para as 63 instituições federais. Em Minas, o valor ultrapassa R$ 130 milhões.
Atualmente, segundo a UFJF, existem 697 projetos de extensão, sendo que em 476 tem pelo menos um bolsista. De acordo com a Universidade, o coordenador que desejarem manter suas atividades, poderão lançar a frequência deles e dos bolsistas no sistema e estes serão pagos. O pró-reitor de extensão garantiu que há verba para manter os projetos, mas que ainda buscam recursos com o Ministério de Educação (MEC). “Como todas as universidades do país, a UFJF está em negociação com o MEC para um aporte de recurso que nos garanta permanecer e manter o semestre letivo regularmente e chegar ao final do ano com todas as contas pagas”, disse.
O edital para novos projetos de extensão de 2015 deve terminar no final de agosto. A previsão do pró-reitor é que eles comecem já em setembro. “A extensão é um componente muito importante e indispensável na educação superior. Estamos trabalhando para que esse potencial continue”, afirma Leonardo Carneiro.