(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas ENEM 2015

Revisão de conteúdo e muito exercício podem ajudar na hora da prova de matemática

Nota na matéria, que teve a menor média em 2014, pode ser chave para cursos mais disputados


postado em 12/10/2015 06:00 / atualizado em 12/10/2015 10:03

Lucas Mendonça, que sonha com vaga em direito, e Nádia Ramos, de olho na medicina, dedicam boa parte do dia aos estudos, com foco extra em matemática(foto: Cristina Horta/EM/D.A Press)
Lucas Mendonça, que sonha com vaga em direito, e Nádia Ramos, de olho na medicina, dedicam boa parte do dia aos estudos, com foco extra em matemática (foto: Cristina Horta/EM/D.A Press)

Os números, fórmulas e equações costumam assustar os estudantes. No entanto, desde que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) passou a ser a porta de entrada para muitas universidades públicas e privadas, a prova de matemática e suas tecnologias deixou de ser uma esfinge a ser decifrada. “A prova deixou de ser um bicho de sete cabeças”, afirma o professor de matemática do Colégio Magnum José Augusto de Melo. A área de conhecimento – entre as quatro avaliadas – ainda obteve a menor média no Enem 2014, o que exige que os estudantes tenham atenção no processo de preparação e foco redobrado ao fazer a prova. Outro ponto de atenção para os candidatos é que o teste é realizado no mesmo dia da prova de linguagens, código e suas tecnologias e redação, no dia 25. Na terceira reportagem da série sobre o Enem, o Estado de Minas traz dicas de como se preparar para a prova e o que fazer na hora H.

O professor José Augusto alerta que o fato de a prova ter ficado mais fácil de ser resolvida não significa que os alunos não devam se preocupar com ela. “Quando a prova é difícil, ela é para todo mundo. Mas o inverso também é verdadeiro. A prova que é fácil o será para todos.” Os candidatos devem buscar boa pontuação na área, que costuma ter peso maior no momento da correção. E os que sonham com vagas nos cursos mais disputados terão que obter pontuações cada vez maiores para conseguir passar pelo funil da seleção. “Quem vai tentar medicina não pode tirar menos do que 40 pontos em 45.”

Nesta reta final, os professores aconselham uma revisão do conteúdo e bastante exercício. Não é possível saber ao certo o que será cobrado, mas alguns temas apareceram de forma recorrente nas últimas edições. José Augusto sugere que os candidatos não se esqueçam de estudar porcentagem, juros e análise combinatória. Em geometria, um tópico que costuma ser cobrado é semelhanças entre triângulos e o teorema de Pitágoras. Outro item com grande probabilidade de ser testado é geometria espacial, em especial cálculo de volumes e áreas. O candidato não deve deixar de fazer exercícios também sobre modelação de problemas por meio de funções e noções básicas de estatística, como mediana, desvio padrão e grandezas proporcionais. Em relação aos antigos vestibulares, o professor considera que o conteúdo que era exigido passou a ser menor com a implementação do Enem, mas ainda é extenso.

A prova não é conteudista, mas é preciso saber a matéria para desenvolver os raciocínios que as questões suscitam. “É preciso saber algumas coisas básicas. As questões envolvem mais raciocínio e uma leitura adequada”, diz. Muitas vezes, a incapacidade de leitura e interpretação dos enunciados é o primeiro entrave à realização da questão.

O estudante deve prestar muita atenção à divisão do tempo para fazer as provas de matemática, linguagens e códigos e redação. “Muitos estudantes levam duas horas na redação, o que prejudica o tempo para as outras duas provas.” É preciso dividir o tempo entre a feitura do texto argumentativo-dissertativo e os outros testes. Para fazer as 90 questões objetivas, o estudante levará uma média de três minutos em cada uma. Um dos pontos positivos do Enem, na avaliação de José Augusto, é que motivou o Ministério da Educação (MEC) a estabelecer uma base nacional comum. “Pela primeira vez, foi pensado um currículo para as nossas escolas, principalmente a rede pública”, pondera.

DESAFIO O processo de preparação para o Enem começa desde o ensino fundamental, na avaliação do aluno do 3º ano do Colégio Magnum Lucas Mendonça, de 17 anos. No entanto, ele acredita que, nesta reta final, é importante fazer uma revisão do conteúdo. “É fundamental fazer exercícios de todos os tipos para identificar dúvidas. É um momento de lapidar. Reforçar a matéria em que você está bem e tentar correr atrás do que ainda é preciso aprender”, afirma. Ele fará o Enem pela terceira vez. Nas duas anteriores, ele participou do processo como treineiro, para saber como é a prova. Como tentará uma vaga no curso de direito na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Lucas terá que ter um bom desempenho na prova de ciências humanas, mas é fundamental fazer boa pontuação em matemática.

A estudante do 3º ano do Colégio Magnum Nádia Ramos, de 17, dedica boa parte do tempo para se preparar para a prova de matemática, que não está entre as disciplinas que ela mais domina. No entanto, a jovem lembra que o nível de concorrência para o curso de medicina, seu sonho, exige esforço extra. “Quem vai fazer medicina tem que ser bom em tudo para ficar com boa nota”, diz. Quando fez o exame como treineira, Nádia obteve uma pontuação acima da que esperava. Ainda assim, se mantém focada em uma rotina pesada de estudo. Às segundas-feiras, estuda pela manhã e faz provas simuladas à noite. Nos outros dias, fica no colégio em tempo integral. “Assim que termino, volto para casa, descanso uma hora e volto a estudar. Faço exercícios e treino para as provas.” No fim de semana, ela escolhe um dos dias para descansar. “Um dia de descanso é fundamental”, defende.


DICAS

1 – Aproveitar o tempo que resta para fazer a revisão do conteúdo.
2 – Manter a calma e a confiança, mas sem excesso.
3 – Alimentar-se bem e dormir bem. É preciso assegurar que no dia da prova o corpo esteja em ordem, para que a mente possa funcionar. A prática de atividade física também ajuda a afastar depressão, que pode surgir devido à pressão por que passa o candidato.
4 – Sempre buscar o auxílio do professor quando tiver dúvida sobre algum conteúdo. Tentar resolver dúvidas sem a ajuda de um especialista pode gerar um sentimento negativo e minar a confiança.
5 – Nos dias que antecedem a prova, é importante deitar cedo, para ir para o teste descansado.


Na hora H

1 – Fazer leitura, com atenção, dos enunciados. Grande parte das dúvidas sobre as questões nasce de uma leitura malfeita.
2 – Saltar questões consideradas difíceis para conseguir chegar às fáceis que possam estar no fim.
3 – Reservar meia hora para passar o gabarito.
4 – Chegar ao local de prova uma hora antes, para não sofrer com estresse.
5 – Levar algum alimento e usar roupas confortáveis.


Depoimento

Luana Fonseca de Almeida,
18 anos, 2º período de medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

“O processo de preparação foi bem puxado. Desde o oitavo ano do ensino fundamental, eu sabia que queria medicina e comecei a me preparar. Fiz o 3º ano do ensino médio em horário integral no Magnum, então, não tinha tempo para fazer cursinho. O colégio deu muito suporte. Eu estudava muito. Chegava ao colégio às 7h10 e ficava até 17h40. Depois ia para casa e estudava das 19h às 22h. A cada simulado que fazia, eu tentava melhorar. Tinha facilidade em matemática e em ciências da natureza, matérias que eu gostava de estudar. Mas, como concorria a uma vaga para medicina, tinha que estudar todas. Foquei  humanas, em que eu tinha dificuldade. É importante ter foco, ter horário de estudo e não deixar que outras coisas desviem a atenção. É um período em que a gente fica muito estressado. Por isso, é muito importante ter o apoio da família e procurar descontrair. Se a gente ficar o tempo todo estudando, não aguenta.”


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)