Os estudantes que foram prejudicados pelo encerramento antes da hora no primeiro dia de provas do Enem terão uma segunda chance e poderão repetir os testes na primeria semana de dezembro. A afirmação foi feita pelo ministro da Educação, Aloizio Mercadante, depois de apurado e constatado o erro pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pelo exame.
A denúncia foi feita por uma família de Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O erro ocorreu no sábado, primeiro dia de aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), em uma das salas da Escola Estadual Leonina Mourthé de Araújo. De acordo com a analista financeira Marlene Aparecida Santiago Silva, de 47 anos, sua filha dela e mais quatro alunos – três garotas e um rapaz – procuraram a polícia ao fim do exame e fizeram um boletim de ocorrência para registrar o problema. Marlene sustenta que a funcionária responsável pela aplicação do exame na sala da filha Júlia Gabriela Santiago Silva, de 18 anos, encerrou o horário das provas meia hora antes do prazo previsto, que é de quatro horas e meia de duração. Ou seja, enquanto o encerramento deveria ser às 18h, teria ocorrido às 17h30.
Leia Mais
Violência contra a mulher é tema da redação do Enem 2015Veja como foi a cobertura em tempo real do segundo dia do Enem 2015Redação é o grande desafio deste domingo, segundo dia de EnemCandidatos aprovam tema da redação e avaliam matemática como prova mais difícil Pixinguinha, Cecília Meireles e Olavo Bilac são cobrados no 2º dia do EnemCandidato é eliminado por usar lápis em rascunho da redação Estudantes de Santa Luzia seguem à espera do MEC para refazer as provas do EnemMercadante defende tema da redação e comemora queda na abstenção do EnemMarlene afirma ainda que os funcionários da escola não queriam, inicialmente, reconhecer o erro, mas que teriam confirmado o problema a falha aos policiais militares durante a elaboração do boletim de ocorrência, alegando terem se confundido. O caso também foi registrado em ata na escola. A analista conta que tanto a filha, como os demais alunos, ficaram muito abalados com o problema. “Foram dois anos de estudo. Um gasto emocional e financeiro enorme para que ela consiga entrar na faculdade de odontologia da UFMG. Agora, por um erro, esse sonho foi prejudicado.
Marlene temia que o prejuízo no domingo, segundo dia de provas, fosse ainda maior. “Os alunos ficaram muito abalados. Minha filha só chorava ontem e ficou totalmente desestabilizada, com medo de um novo erro no horário”, disse. A Escola Estadual Leonina Mourthé de Araújo foi procurada e o diretor da unidade, que se identificou como José Raimundo, disse que não tinha autorização para repassar nenhuma informação à imprensa.
A família comemorou a notícia a respeito de uma nova chance para a realização do exame.
Confira neste domingo à noite gabarito extraoficial do segundo dia de provas, preparado por professores do Chromos.