No retorno das férias, os alunos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) se assustam com as restrições resultantes da crise econômica e do contingenciamento de verbas pelo governo federal. Na Faculdade de Odontologia, oito escaninhos onde ficavam guardados materiais e instrumentos usados pelos futuros dentistas foram arrombados. O diretor acredita que o ocorrido tenha relação com a diminuição da segurança no câmpus. O aluno do 6º período de sistema de informação Paulo Coelho, de 23 anos, também teme que a universidade se torne menos segura. “É perceptível que a segurança diminui muito”, diz. Segundo ele, a unidade onde estuda, o Departamento de Ciência da Computação, não sofre tanto com a diminuição das verbas porque consegue buscar recursos próprios devido à comercialização de patentes.
Nas primeiras aulas práticas deste ano, os estudantes de odontologia não puderam contar com corante evidenciador de placa, um reagente fundamental para o tratamento dentário ofertado nas clínicas-escolas. A aluna Isadora Castro, de 21, lembra que a falta de materiais vem desde o ano passado. Suas colegas, Nayara Freire e Júlia Campos, também reclamam da situação financeira, que impede a compra de materiais para as clínicas da Faculdade de Odontologia. A lista dos itens necessários e que não foram repostos é extensa e vai de resina acrílica a até anestesia. “No final do semestre passado, faltou anestesia e tivemos que dispensar os pacientes”, disse uma aluna no 10º período, que pediu para não ser identificada. Somente no serviço de ortodontia os alunos atendem cerca de 800 pacientes por mês.
BENEFÍCIOS CORTADOS Estudante do 6º período de engenharia química, Breno Gibson Silva também sente os efeitos da crise financeira pela qual passa a universidade. Assistido pela Fundação Universitária Mendes Pimentel (Fump), ele não contará com a bolsa de manutenção para todo o semestre. No ano passado, a bolsa foi cortada por seis meses. Para este ano, ele conseguiu a ajuda para apenas dois meses. O universitário afirma que outros benefícios antes oferecidos aos estudantes foram limitados ou extintos. “A bolsa-material, que era ofertada no início do semestre, e a bolsa-notebook não existem mais.” Sem o auxílio, o tempo que ele dedica ao estudo terá que ser usado para trabalhar. “Terei que sacrificar os estudos, porque não tenho mais esse suporte. Nós alunos estamos apreensivos. E se, para este ano, eles ficarem mais seletivos e cortarem mais bolsas?”, diz. Ele ainda conta com o auxílio-transporte.
O MEC informou que está em processo de discussão interna para realizar os ajustes necessários. Todas as ações prioritárias serão integralmente preservadas. Por meio da assessoria de imprensa da UFMG, o pró-reitor de planejamento, Hugo Eduardo Araújo da Gama Cerqueira, informou que ainda não há informações sobre os novos cortes.
Nas primeiras aulas práticas deste ano, os estudantes de odontologia não puderam contar com corante evidenciador de placa, um reagente fundamental para o tratamento dentário ofertado nas clínicas-escolas. A aluna Isadora Castro, de 21, lembra que a falta de materiais vem desde o ano passado. Suas colegas, Nayara Freire e Júlia Campos, também reclamam da situação financeira, que impede a compra de materiais para as clínicas da Faculdade de Odontologia. A lista dos itens necessários e que não foram repostos é extensa e vai de resina acrílica a até anestesia. “No final do semestre passado, faltou anestesia e tivemos que dispensar os pacientes”, disse uma aluna no 10º período, que pediu para não ser identificada. Somente no serviço de ortodontia os alunos atendem cerca de 800 pacientes por mês.
BENEFÍCIOS CORTADOS Estudante do 6º período de engenharia química, Breno Gibson Silva também sente os efeitos da crise financeira pela qual passa a universidade. Assistido pela Fundação Universitária Mendes Pimentel (Fump), ele não contará com a bolsa de manutenção para todo o semestre. No ano passado, a bolsa foi cortada por seis meses. Para este ano, ele conseguiu a ajuda para apenas dois meses. O universitário afirma que outros benefícios antes oferecidos aos estudantes foram limitados ou extintos. “A bolsa-material, que era ofertada no início do semestre, e a bolsa-notebook não existem mais.” Sem o auxílio, o tempo que ele dedica ao estudo terá que ser usado para trabalhar. “Terei que sacrificar os estudos, porque não tenho mais esse suporte. Nós alunos estamos apreensivos. E se, para este ano, eles ficarem mais seletivos e cortarem mais bolsas?”, diz. Ele ainda conta com o auxílio-transporte.
O MEC informou que está em processo de discussão interna para realizar os ajustes necessários. Todas as ações prioritárias serão integralmente preservadas. Por meio da assessoria de imprensa da UFMG, o pró-reitor de planejamento, Hugo Eduardo Araújo da Gama Cerqueira, informou que ainda não há informações sobre os novos cortes.