Brasília - O Ministério Público Federal considera "pouco democrático" que a reformulação do ensino médio tenha sido efetivada por meio de medida provisória, editada na quinta-feira, 22, pelo presidente Michel Temer. Em nota pública sobre o tema, a Procuradoria federal dos Direitos do Cidadão critica a decisão do governo e sustenta que as mudanças precisam de "segurança jurídica".
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Governo Federal nega que vá extinguir disciplinas do ensino médioReforma do ensino médio muda currículo e aumenta carga de estudo Escola modelo de ensino médio terá que mudar currículo para se adequar à MPCresce procura por escolas internacionais em Belo HorizonteMP com mudanças no Ensino Médio é publicada em edição extra do Diário OficialA nota reconhece que a necessidade de alterações no ensino médio brasileiro "é real" e vem sendo foco de debates há alguns anos. Contudo, para a procuradoria, usar a medida provisória como instrumento "é temerário", frente à sensibilidade do tema. A medida provisória, segundo o órgão, não garante estabilidade suficiente para a implementação da reforma, já que o Congresso Nacional deverá discutir as mudanças "em curto espaço de tempo".
"Mais que inefetiva, a apresentação de soluções fáceis para problemas complexos é um erro perigoso", conclui a nota. O Ministério Público ainda não respondeu se irá judicializar a decisão..