Brasília, 05 - Representantes do Inep e do Ministério da Educação (MEC) fizeram um balanço positivo hoje do primeiro dia de provas do Enem. Em coletiva de imprensa no início desta noite, eles informaram que as provas foram feitas normalmente em 16.071 locais (97% do total). Em outros 405 locais alunos não fizeram os testes, em função das ocupações.
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No entanto, estudantes que desconfiaram da informação foram aos locais e encontraram os portões abertos. Eles acabaram realizando as provas normalmente.
O Inep e o MEC reconheceram a falha na comunicação e disseram que alunos destas duas escolas que não compareceram aos locais em função das mensagens farão as provas em 3 e 4 de novembro.
"Houve um equívoco dos coordenadores destes locais (Taguatinga e Santarém), no envio destes dados ao Inep. Mas todos os estudantes (que não fizeram provas em função do erro) vão realizar as provas em dezembro", confirmou Maria Inês.
A diretora de Gestão e Planejamento do Inep, Eunice de Oliveira Ferreira Santos, disse que o equívoco ocorreu na transmissão da mensagem, pelos coordenadores, sobre a situação destas duas escolas. Por outro lado, ela reforçou que o primeiro dia de provas foi bem sucedido. "O processo estava muito tumultuado. A sociedade precisa compreender o processo neste momento", comentou. "Conduzir o Enem não é fácil", reforçou.
Ocupações
Em função dos protestos contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do teto de gastos e a reforma do ensino médio, estima-se que 271 mil estudantes farão provas em 3 e 4 de dezembro. Hoje, 8.627.248 estudantes estavam inscritos para a prova, mas o Inep não divulgou uma parcial de abstenções.
O Inep informou ainda que, caso ocorram novas ocupações de hoje para amanhã e alguns locais sejam interditados, os estudantes que já fizeram provas neste sábado terão que fazer todas as provas novamente em dezembro. Mas a instituição afirmou que não trabalha com esta possibilidade.
O governo também está atento à possibilidade de judicialização do exame. "Não só a área técnica, como o próprio Ministério da Educação está atento. Todas as providências serão tomadas rapidamente. Liminares podem acontecer, mas as medidas serão tomadas rapidamente pelo Inep, pelo MEC e pela AGU (Advocacia Geral da União)", disse Maria Helena..