O delegado da Polícia Federal Franco Perazzoni informou, na noite deste domingo, que a fraude no Enem custa entre R$ 40 mil e R$ 180 mil. Ao todo, 11 pessoas foram presas em operações contra fraudes. As formas de ação não envolvem apenas a transmissão das respostas para o candidato por meio de dispositivos eletrônicos. Em alguns casos, outra pessoa vai fazer o teste no lugar do verdadeiro inscrito. Essa última modalidade pode ser prejudicada agora com a adoção do reconhecimento biométrico, avalia.
Franco Perazzon afirmou ainda que o sucesso das operações que prenderam pessoas que tentavam fraudar o Enem foram fruto de uma forte pareceria entre a PF, o Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), entre outros órgãos.
"As operações são a parte mais visível. Mas isso é decorrente de uma longa parceria. Já vínhamos nas últimas semanas com uma troca intensa de informações", disse Perazzoni.
Como os equipamentos estão cada vez mais discretos, ressaltou Perazzoni, o trabalho de informação é crucial. Com dados fornecidos pelo MEC, a PF chegou a um conjunto de suspeitos que pareciam agir de forma fraudulenta. Com autorização judicial, foi possível entrar nos locais da prova e realizar algumas prisões em flagrante.