Fraudes contra o Enem foram investigadas pela Polícia Federal em Montes Claros, Região Norte de Minas, onde por ocasião das provas, em 6 de novembro, foram presos sete suspeitos de participação em um esquema de vendas de gabaritos dos testes para candidatos. Mas, ontem, o delegado da PF em Montes Claros, Thiago Amorim Garcia, disse que nas investigações não houve evidências de vazamento dos exames para a organização criminosa desarticulada no município.
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Evidências de vazamento de prova colocam Enem novamente na corda bambaRelatório da PF conclui que houve vazamento do Enem 2016, segundo o MPFEnem corre o risco de ter provas anuladas a pedido de procurador do CearáConfira o que fazer para não se atrasar e nem errar no EnemEnem não será cancelado, garante ministro da EducaçãoPercentual de negros em universidades dobra, mas é inferior ao de brancosConforme explica o delegado, os chamados “pilotos” são “pessoas de extrema capacidade” contratadas pela quadrilha para fazer as provas em curto espaço de tempo, tornando possível rapidamente repassar as respostas a clientes do bando. Em Montes Claros foram presas três pessoas que exerciam a função: Arnon Kelson da Silva e Santos, Olavo Martins Ponciano e Fillipe Allan Araújo.
Também foram detidos Rodrigo Ferreira Viana, apontado como chefe e mentor do esquema de fraudes contra o Enem em Minas, além de Jonathan Galdino dos Santos, Aurimar Rodrigues Froes e Johnathan Caires Silva, que atuariam como agenciadores de clientes para a fraude. Foi presa ainda Sofia Azevedo Macedo, suspeita de comprar o gabarito para entrar no curso de medicina. Filha de um dono de supermercado em Carbonita (Vale do Jequitinhonha), ela foi detida quando fazia os testes em Belo Horizonte.
O modelo de atuação da quadrilha foi descoberto por meio de escutas telefônicas da Polícia Federal autorizadas pela Justiça. Todos os presos em Minas por envolvimento na fraude já foram liberados..