Inspirado no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), o processo vai divulgar pela internet uma lista dos cargos a serem preenchidos nas escolas de cada município. O candidato registrado no site da Secretaria de Educação deve indicar a escola na qual quer pleitear uma vaga. Um total de 564.628 candidatos se inscreveram para pleitar vagas de designação na rede estadual.
“Será oferecido a cada um dos interessados uma listagem que apresentará as vagas em cada localidade, em cada escola e nos turnos em que elas estão disponíveis. Fizemos uma classificação entre os candidatos, que leva em conta a aprovação em concurso, a habilitação adequada para a vaga e o tempo de serviço na rede estadual, caso já tenha trabalhado na rede de ensino”, explicou a secretária Macaé Evaristo.
Após reunião com diretores do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (SindUte-MG), na Cidade Administrativa, a secretária ressaltou que a designação não é a forma ideal para preencher as vagas de professores e servidores da rede de ensino, mas que o processo pode ser feito de forma mais transparente e humanizado. Até o ano passado, os candidatos tinham que participar do processo de designação presencial.
“A intenção é ter profissionais cada vez mais efetivos e, em 2015, fizemos quatro concursos e nomeamos mais de 37 mil profissionais. Por meio desse novo sistema, o primeiro objetivo é garantir que os profissionais habilitados encontrem as vagas que precisam ser preenchidas”, disse Macaé. Segundo a secretária, o governo de Minas já trabalha para lançar um novo concurso para a rede estadual e os editais devem sair no fim deste ano ou no início de 2018.
A coordenadora-geral do SindUte, Beatriz Cerqueira, considerou o uso do sistema online para a distribuição das vagas positivo, mas cobrou a realização e novo concurso público para atender à rede de ensino. “É fundamental que continuemos com novas nomeações e que seja realizado um novo concurso. A designação é uma contratação temporária e os designados têm situação precária, sem carreira e direito a férias, por exemplo. Na última década, o estado fez da designação uma regra e não uma exceção”, afirmou Beatriz.