Cientistas e estudantes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) lançaram uma campanha de financiamento coletivo para tentar participar, em novembro, da Competição Internacional de Engenharia de Máquinas Biológicas (iGEM), promovida pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT) em Boston, nos Estados Unidos.
A equipe, já premiada duas vezes na competição, precisa de R$ 50 mil para mandar quatro integrantes ao evento, mas levantou R$ 6,5 mil até o momento. Além das doações de pessoas físicas, o grupo procura patrocinadores, organiza cursos de verão e até vende bichos de pelúcia e canecas. A pressão tem razão de ser: as inscrições precisam ser feitas até 1º de maio.
A competição no MIT tem como proposta incentivar estudantes a trabalhar juntos para resolver desafios do mundo real a partir da elaboração de sistemas biológicos geneticamente modificados. A professora do departamento de Bioquímica e Imunologia do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG Rafaela Salgado Ferreira, uma das coordenadoras da equipe da universidade mineira, explica que a biologia sintética é um ramo da ciência que manipula geneticamente diversos organismos para que eles possam desempenhar inúmeras funções, como se fossem máquinas, para beneficiar humanos, animais e o meio ambiente. Ela conta ainda que, no fim do ano passado, a equipe começou a trabalhar em um novo projeto que promete contribuir para tratamentos terapêuticos em seres humanos.
“A modificação do DNA do protozoário Leishmania tarentolae, espécie que não causa doença em humanos, permitirá produzir moléculas terapêuticas com mais facilidade e qualidade. Muitas das moléculas vendidas pela indústria farmacêutica são produzidas em bactérias de laboratório. Porém, elas não ficam tão parecidas com as humanas quanto as feitas obtidas no protozoário, já que bactérias são mais distantes geneticamente de nós. Isso poderia contribuir para uma maior taxa de sucesso em tratamentos médicos”, afirma.
Oportunidade Rafaela vê a competição como uma oportunidade incrível para os alunos, pois eles se inserem em um ambiente de alto nível científico, praticam inglês, estabelecem contatos com outras renomadas universidades, além de aumentar a visibilidade da UFMG e inseri-la internacionalmente no campo da biologia sintética. Em 2013, a universidade apresentou na competição um dispositivo que detecta a presença de doenças cardíacas a partir de uma amostra de sangue. O projeto rendeu à equipe uma medalha de prata. Dois anos depois, na última participação do grupo de Minas Gerais, a proposta exibida, que também tinha como base a leishmania, deu à universidade o prêmio de melhor educação e engajamento público. Foi a primeira vez que um time de país em desenvolvimento ganhou o título.
COMO AJUDAR:
Contribuições podem ser feitas pelo site www.vakinha.com/.br/vaquinha/leva-a-ciencia-brasileira-para-o-mit
A equipe, já premiada duas vezes na competição, precisa de R$ 50 mil para mandar quatro integrantes ao evento, mas levantou R$ 6,5 mil até o momento. Além das doações de pessoas físicas, o grupo procura patrocinadores, organiza cursos de verão e até vende bichos de pelúcia e canecas. A pressão tem razão de ser: as inscrições precisam ser feitas até 1º de maio.
A competição no MIT tem como proposta incentivar estudantes a trabalhar juntos para resolver desafios do mundo real a partir da elaboração de sistemas biológicos geneticamente modificados. A professora do departamento de Bioquímica e Imunologia do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG Rafaela Salgado Ferreira, uma das coordenadoras da equipe da universidade mineira, explica que a biologia sintética é um ramo da ciência que manipula geneticamente diversos organismos para que eles possam desempenhar inúmeras funções, como se fossem máquinas, para beneficiar humanos, animais e o meio ambiente. Ela conta ainda que, no fim do ano passado, a equipe começou a trabalhar em um novo projeto que promete contribuir para tratamentos terapêuticos em seres humanos.
“A modificação do DNA do protozoário Leishmania tarentolae, espécie que não causa doença em humanos, permitirá produzir moléculas terapêuticas com mais facilidade e qualidade. Muitas das moléculas vendidas pela indústria farmacêutica são produzidas em bactérias de laboratório. Porém, elas não ficam tão parecidas com as humanas quanto as feitas obtidas no protozoário, já que bactérias são mais distantes geneticamente de nós. Isso poderia contribuir para uma maior taxa de sucesso em tratamentos médicos”, afirma.
Oportunidade Rafaela vê a competição como uma oportunidade incrível para os alunos, pois eles se inserem em um ambiente de alto nível científico, praticam inglês, estabelecem contatos com outras renomadas universidades, além de aumentar a visibilidade da UFMG e inseri-la internacionalmente no campo da biologia sintética. Em 2013, a universidade apresentou na competição um dispositivo que detecta a presença de doenças cardíacas a partir de uma amostra de sangue. O projeto rendeu à equipe uma medalha de prata. Dois anos depois, na última participação do grupo de Minas Gerais, a proposta exibida, que também tinha como base a leishmania, deu à universidade o prêmio de melhor educação e engajamento público. Foi a primeira vez que um time de país em desenvolvimento ganhou o título.
COMO AJUDAR:
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