Os testes de hoje em linguagens, códigos e suas tecnologias; redação; e ciências humanas e suas tecnologias começam às 13h30, mas às 13h os portões são fechados e têm início os procedimentos de segurança e entrega do caderno de provas na sala de aula.
Na unidade Coração Eucarístico da Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas), na Região Noroeste da capital, os primeiros candidatos já estão à espera da abertura dos portões. Um deles, Vitor Gomes, de 22 anos, chegou à PUC às 10h na expectativa de conquistar uma vaga em Medicina Veterinária, na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Ele tenta a prova pela quinta vez, e diz que a cada ano tem achado as questões mais difíceis. Estudante do 5º período de Ciências Biológicas da UFMG, Vitor diz que está tranquilo em relação aos testes de hoje. "Acho que o problema maior vai ser semana que vem", disse. No próximo domingo serão as provas de física, química, matemática e biologia. Esta última, pelo menos, ele acredita que vai tirar de letra.
Para ajudar a filha a ficar tranquila para o exame, Cassia Emídia, de 48 anos, fez questão de acompanhar Jennifer Gabriela Machado, de 20, até a PUC. E diz que vai esperá-la até o final da prova. Jennifer fará o Enem pela terceira vez, na tentativa de conquistar uma vaga em Ciências Biológicas. "Das outras vezes fiz mais para aprender. Agora fiz cursinho, e minha expectativa é de que a prova esteja coerente com o que estudei", torce a candidata.
Na PUC, é grande a movimentação de ambulantes vendendo guloseimas, água, cachorro quente e pipoca. O Enem neste ano será aplicado em dois domingos consecutivos. O encerramento hoje é às 19h.
Na UFMG, os primeiros candidatos também começaram a procurar a indicação das salas onde vão fazer a prova, em um quadro na entrada da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (Fafich). A estudante Carolina Silva, de 18 anos, chegou à UFMG acompanhada da mãe, Antônia Ramos. “Estou um pouco nervosa, mas hoje é o dia mais fácil para mim. Quero fazer estética na UFMG”, afirma. Em sinal de apoio, a mãe diz descontraída: “Resolvi vir com ela para ver se vai dar tudo certo. Filho a gente só larga do pé depois que forma”.
Há 12 anos como um dos responsáveis pela portaria da Fafich, Élvio José Venâncio disse que chegou às 7h45 e mesmo tão cedo já tinha um candidato esperando para entrar. “Falei para ele ir procurar algum lanche porque estava muito cedo. O grande problema são os atrasados”, diz o porteiro.
Carlos Daniel Gomes, de 18, diz que foi o primeiro a chegar na Fafich, por volta de 7h45, junto com o porteiro Élvio. Ele quer fazer medicina veterinária e estava preocupado em chegar atrasado, por isso pediu ao irmão para o levar o mais cedo possível. “É minha primeira vez e não quero perder a prova. Não tinha quase ninguém na rua no caminho para cá”, diz ele.
O amigo Douglas Ferreira, de 17, que estuda com Carlos na Escola Estadual Francisco Menezes Filho, no Bairro Ouro Preto, e chegou às 10h na Fafich, aproveitou para brincar com a ansiedade do colega. “Ninguém quer virar meme na internet por chegar atrasado e encontrar o portão fechado”, diz.