O acesso à educação de qualidade para todos os brasileiros é um sonho ainda distante da realidade. Apesar de haver mais conscientização e investimentos, ainda há muito o que avançar. Atualmente, cerca de 6% do Produto Interno Bruto (PIB) é destinado para a educação pública, porcentagem maior que muitos países ricos, porém a diferença está no gasto por aluno que ainda é pouco, conforme dados apontados pelo estudo da Organização Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
De acordo com o relatório, o gasto do Brasil com educação supera países como Argentina (5,3%), Colômbia (4,7%), Chile (4,8%), México (5,3%) e Estados Unidos (5,4%), inclusive está acima da média dos países que compõem a OCDE, que gira em torno de 5,5%. Mas, mesmo acima de todas as médias, o país está nas últimas posições em avaliações internacionais de desempenho escolar. A constatação é do relatório Aspectos Fiscais da Educação no Brasil, divulgado pela Secretaria do Tesouro Nacional, do Ministério da Fazenda.
Dos 70 países avaliados em 2015, segundo dados do o Programme for international Student Assessment (PIsa), o Brasil ficou na 63ª posição em ciências, na 59ª em leitura e 66ª colocação em matemática, ou seja, ocupa sempre as últimas posições dessa avaliação internacional de desempenho. Segundo o relatório, o problema no Brasil não está no volume dos gastos, mas na necessidade de aprimoramento de políticas e processos educacionais, além de mais investimentos por aluno.
Os problemas da educação pública preocupam muitas famílias, especialmente as que não têm como arcar com instituições de ensino particulares. "Percebo realmente que há um investimento, mas não é bem utilizado. Os alunos acabam sendo reféns pois há o investimento, mas o benefício não é repassado", pontua o pai de uma aluna de 13 anos que estuda na rede pública de ensino, que prefere não ser identificado.
Em sua avaliação, a precariedade da educação pública brasileira vem prejudicando o aprendizado da filha.
Samanta Rodrigues, autônoma e formada em Gastronomia, tem dois filhos matriculados na rede particular de ensino, e sabe muito bem o preço para mantê-los atualmente. "Considero muito alto o valor que precisamos investir em educação, principalmente porque eu não morava na capital.
Os filhos de Samanta, Ícaro, de 15 anos, e Ana Beatriz, de 8 anos, contam com o auxílio da bolsa de estudo do Educa Mais Brasil com desconto de 50% cada. "Já é uma ajuda muito grande. Se não fosse essa bolsa, teria que procurar escolas mais em conta ou talvez nem teria essa oportunidade de eles estarem estudando em colégios particulares de qualidade". Apesar de ter esse desconto, Samanta pontua que gostaria de estar investindo o valor economizado em mais educação para seus filhos. "Mas, infelizmente, o que economizamos com o desconto da bolsa acaba cobrindo outras despesas familiares".
Bolsas de estudo é alternativa
Assim como a família de Samanta, muitas famílias brasileiras passam pelo mesmo dilema de querer ofertar uma educação de melhor qualidade a um preço que caiba no bolso.
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