Em 2017, apenas 23,8% dos jovens entre 18 e 24 anos estavam em algum curso de Ensino Superior. É o que mostra a pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Para ajudar a elevar esses números, estimular o ensino à distância é uma saída. Afinal, essa é uma das formas mais acessíveis de cursar uma faculdade, principalmente para os estudantes que precisam conciliar estudo e trabalho.
Segundo dados do Ministério da Educação, o número de polos de ensino EAD autorizados no Brasil cresceu 133%, um ano após a regulamentação do decreto que regulamenta a modalidade.
Antes do decreto, no país, existiam seis mil unidades de ensino à distância. Hoje, esse número já chega a 15 mil. A educação a distância está crescendo em um ritmo cada vez mais acelerado e já é uma opção para quase metade das pessoas que buscam por uma graduação.
No universo de matrículas do ensino superior brasileiro, 18,6% são em cursos a distância. Apesar das facilidades, essa modalidade de ensino não é a primeira opção entre brasileiros.
Dados da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES), revelou que 44% das pessoas optariam pela modalidade EAD e 56% dizem preferir o modelo presencial. Caso os estudantes sejam informados que o cursos à distância poderá ter etapas presenciais, a aceitação sobe para 93%.
A mineira Tatiane Miranda, de 29 anos, faz uma pós-graduação EAD, mas só optou por essa modalidade de ensino porque mora em um cidade pequena de Minas Gerais. "Aqui em Abre Campo, tudo é mais complicado", conta.
A farmacêutica acabou gostando do ensino EAD porque permitiu que ela mesma fizesse seus horários. "Sempre trabalhei o dia todo e tenho uma filha, seria realmente complicado ter tempo suficiente para estar dentro de uma faculdade". Apesar dos pontos positivos do EAD, Tatiane assume que gostaria de fazer uma graduação presencial. "O contato com os professores e colegas de sala é importante, isso eu não tive", acrescenta.
Diferente de Tatiane, a estudante do curso de Administração Daniela Cerqueira sempre viu a faculdade EAD como primeira opção. "Além de permitir que eu possa estudar no meu tempo livre, o que pesou bastante nessa escolha foi o valor de uma graduação para outra. É uma diferença enorme de valor. O EAD é muito mais em conta", pondera a estudante da Faculdade Uniasselvi EAD.
Ainda segundo a ABMES, o número de adeptos do ensino a distância está crescendo, principalmente entre os mais jovens que são os que mais compreendem como a tecnologia pode ser usada a favor do ensino. Os cursos online na área de Educação são os que mais registram matrículas e por último se encontram os cursos de Agricultura e Medicina Veterinária. Por região, a que mais gera matrículas para o curso EAD é a região Nordeste.