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Estado de Minas

Maioria dos estudantes não aprende português e matemática nas escolas mineiras

Dados divulgados pelo Ministério da Educação (MEC) mostram que, no 3º ano do ensino médio, aproximadamente 71% dos estudantes alcançaram níveis insuficientes em língua portuguesa, já em matemática, 70,52% dos alunos tiveram o mesmo resultado. No 5º e 9º ano do ensino fundamental, a situação é parecida


postado em 30/08/2018 16:50 / atualizado em 30/08/2018 17:44

A educação no país segue com níveis preocupantes. E Minas Gerais não fica de fora. No 3º ano do ensino médio, aproximadamente 71% dos estudantes alcançaram níveis insuficientes em língua portuguesa na avaliação do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb). Já em matemática, 70,52% dos alunos tiveram o mesmo resultado. No 5º e 9º ano do ensino fundamental a situação não é diferente. Cerca de 32% e 60%, respectivamente, tiveram resultado insuficientes em língua portuguesa, e outros 26% e 62%, alcançaram o mesmo nível em matemática. Os dados apresentados nesta quinta-feira pelo Ministério da Educação (MEC). A Secretaria de Estado de Educação afirmou que Minas melhorou, no geral, no desempenho em Matemática e Língua Portuguesa, em todos os níveis de ensino avaliados (5º ano e 9º ano do Ensino Fundamental e 3º ano do Ensino Médio) em relação à última avaliação, realizada em 2015.

Os resultados fazem parte do Saeb, aplicado em 2017 aos estudantes do último ano do ensino médio. Pela primeira vez a avaliação foi oferecida a todos os estudantes das escolas públicas e não apenas a um grupo de escolas, como era feito até então. Nas escolas particulares, a avaliação seguiu sendo feita de forma amostral.

A situação é mais crítica no 3º ano do Ensino Médio. Os dados divulgados pelo Ministério da Educação mostram que dos alunos que participaram do Saeb, somente 0,84% conseguiram níveis adequados em língua portuguesa. Outros 28,04% tiveram desempenho considerado básico, além dos 71,05% que ficaram com nível insuficiente.  Em matemática a situação não é diferente. Foram 2,17% que atingiram parâmetros adequados, 27,38%, básico, e outros 70,52% insuficientes.

Somente 15,05% dos alunos do 5º ano do ensino fundamental alcançaram níveis adequados em língua portuguesa na avaliação do Saeb. Outros 84,95% tiveram desempenho insuficiente ou básico. Em matemática, foram 17,5% co níveis adequados, 56,71%, com parâmetros básicos, e outros 33,1%, insuficiente.

Já no 9º ano do ensino fundamental, apenas 2,85% alcançaram nível adequado em língua portuguesa. Outros 36,77%, chegaram a nível básico, e 60,95%, tiveram desempenho insuficiente. Em matemática, foram 2,97% no adequado, 34,11% ficaram no básico, e 62,93%, atingiram níveis insuficientes.

Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Educação (SEE) destacou que Minas apresentou melhoras no desempenho em Matemática e Língua Portuguesa, em todos os níveis de ensino avaliados (5º ano e 9º ano do Ensino Fundamental e 3º ano do Ensino Médio), em relação à última avaliação, realizada em 2015. “Inclusive, o Estado figura entre outros nove da Federação que conseguiram apresentar,  em todas as etapas, em Língua Portuguesa e Matemática, proeficiência acima da média nacional”, finalizou.

Dados no país

Cerca de 70% dos estudantes que concluíram o ensino médio no país apresentaram resultados considerados insuficientes em matemática. A mesma porcentagem não aprendeu nem mesmo o considerado básico em português. Em português, os estudantes alcançaram, em média, 268 pontos, o que coloca o país no nível 2, em uma escala que vai de 0 a 8. Até o nível 3, o aprendizado é considerado insuficiente pelo MEC. A partir do nível 4, o aprendizado é considerado básico e, do nível 7, adequado. Na prática, isso significa que os brasileiros deixam a escola provavelmente sem conseguir reconhecer o tema de uma crônica ou identificar a informação principal em uma reportagem.

Em matemática, os estudantes alcançaram, em média, 270 pontos, o que coloca o país no nível 2, de uma escala que vai de 0 a 10, e segue a mesma classificação em língua portuguesa. A maior parte dos estudantes do país não é capaz, por exemplo, de resolver problemas utilizando soma, subtração, multiplicação e divisão.


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