Imagine a seguinte cena: o despertador toca às 6h e às 6h15 você desliga o modo soneca para começar a se arrumar para o trabalho. Minutos depois, o relógio já marca 7h e então você desce de elevador até o térreo ou a garagem. No caminho, se depara com sinaleiras se estiver na pista ou aguarda pacientemente o metrô chegar ao seu destino enquanto acessa o smartphone para checar o Whatsapp, o Instagram ou o Facebook. Já no trabalho, utiliza as digitais para destravar a porta biométrica, bate o ponto eletrônico e liga o computador para dar início a mais uma jornada diária.
O ponto comum entre as situações parece ser apenas a retratação de mais um dia de trabalho para milhares de pessoas, mas a semelhança reside também em outra questão: a importância da programação para o nosso cotidiano. Nesta quinta-feira, 13 de setembro, é comemorado o Dia do Programador, uma homenagem ao profissional que aplica conhecimentos de tecnologia da informação para gerar resultados esperados e facilitar o dia a dia das pessoas.
"A programação é o que você deseja que o computador faça para você. É pegar um conjunto de informações e produzir um resultado esperado. Isso pode acontecer em qualquer plataforma: desde um smartphone até um computador de mesa (desktop)", destaca Antônio Lázaro Ribeiro dos Santos, de 42 anos, graduado em Matemática e em Análise e Desenvolvimento de Sistemas. Em contato com a área desde os 15 anos, quando fez o curso técnico em Processamento de Dados, o profissional já acumula diversas pós-graduações no currículo: Engenharia de Sistemas, Sistemas de Telecomunicações, além de Análise de Dados com Business Intelligence e Big Data.
Há aproximadamente dois anos e meio, Antônio Lázaro atua como Analista de Sistemas no Educa Mais Brasil e já integrou equipes de diversos projetos.
A primeira homenagem oficial feita ao programador data de 13 de setembro de 2009, quando o então presidente da Rússia, Dmitry Medvedev, escolheu o 256º dia do ano para decretar o feriado profissional. Por este motivo, em anos bissextos, o Dia do Programador é comemorado em 12 de setembro. A escolha não foi por acaso: 256 representa a quantidade de valores diferentes que podem ser representados em um byte, uma unidade de informação digital equivalente a oito bits.
Outro ponto curioso: o sistema de hexadecimal, muito utilizado na programação, é formado por 16 algarismos, entre números e letras, os quais permitem ao todo 256 combinações diferentes. Os números hexadecimais são regidos pela lei do sistema posicional: cada dígito tem função própria no sistema e é importante para a realização de cálculos, conversões entre outras funções.
Softwares: programação, desenvolvimento e engenharia
Entre diversas necessidades existentes no momento de criar e desenvolver softwares ou sistemas, é preciso compor equipes com profissionais habilitados para exercer funções diferentes e complementares na área de computação. Programadores, desenvolvedores, analistas, engenheiros e gestores são apenas alguns dos profissionais presentes nas equipes. Apesar de estarem envolvidos na execução do projeto, qual o papel de cada um?
O programador mantém contato direto com a estruturação do software: é o responsável por escrever o código de forma organizada e entregá-lo em funcionamento. Em geral, possui atuação individual, precisa conhecer ao menos uma linguagem e escolher a forma mais adequada de escrever o código para o perfeito funcionamento do sistema.
O desenvolvedor também pode atuar com programação, mas é responsável por verificar a execução do projeto e interagir com outros membros da equipe, profissionais de setores diversos da empresa, além de clientes e patrocinadores. Conhecer a parte técnica é importante sobretudo para tomar as decisões adequadas quando necessário.
O engenheiro de software pode programar e desenvolver, mas precisa também ser capaz de verificar a qualidade do software, o nível de confiabilidade e a capacidade de ser utilizado de forma sustentável pelo cliente.
Graduações
Em 16 de novembro de 2016, o Ministério da Educação (MEC) instituiu as Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de graduação na área da Computação por meio da Resolução nº 5 da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação (Resolução CNE/CES nº 5/2016). O documento trouxe as principais orientações acerca dos cursos de graduação nas formas de licenciatura em Computação e de bacharelado em Ciência da Computação, em Sistemas de Informação, em Engenharia de Computação e em Engenharia de Software.
Também em 2016, o MEC lançou a terceira edição do Catálogo Nacional de Cursos Superiores de Tecnologia, com graduações ligadas ao eixo de Informação e Comunicação. No documento, constam 14 formações tecnológicas ligadas à infraestrutura, aos processos de comunicação além do processamento de dados e informações. Estão inclusas: Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Banco de dados, Defesa Cibernética, Gestão da Tecnologia da Informação, Jogos Digitais, Redes de Computadores e Segurança da Informação.