Não tem jeito. O primeiro domingo do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é de muito texto e muita leitura. Além da redação, a avaliação visita a história, geografia, filosofia e sociologia, na prova de ciências humanas, e o português, literatura e inglês ou espanhol no teste de linguagens. Um dia pesado, bastante cansativo e que exige preparação física para dar conta dessa maratona. Capacidade de análise, conhecimento de mundo e interpretação dos mais variados gêneros linguísticos são alguns dos requisitos em jogo logo na estreia da maior avaliação do país.
Professores esperam provas sem surpresas, seguindo os mesmos padrões das edições anteriores. A prova de ciências humanas é considerada um teste de habilidade. Ela cobra do candidato a capacidade de interpretar e ter uma boa visão de mundo.
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Cerca de 20 mil escolas públicas participam da Olimpíada de Matemática nesta terça-feira (30)Fisiculturistas comemoram o seu dia transformando o preconceito em superaçãoVeja dicas para se dar bem na redação do Enem 2018Escolas investem em técnicas de descontração às vésperas do EnemEla destaca ainda uma característica da prova que pode levar o candidato ao erro: questões voltadas para interpretação, sem qualquer afirmativa historicamente errada, mas com apenas uma mais adequada ao texto. “Sempre tem uma muito próxima, chamada de distrator. Para isso, o aluno deve ter calma. Não dá para fazer a prova com pressa ou nervoso, senão não consegue interpretar e fazer a relação. Capacidade de leitura e interpretação é fundamental”, enfatiza.
Para esta semana que antecede o Enem, a dica da professora é revisar, produzindo mapa mental, além de refazer provas de edições anteriores. “Organizar conceitos ajuda na análise e interpretação.
De olho numa vaga no curso de direito, Luisa Sousa Lima Leite, de 17 anos, acha a prova de ciências humanas a mais tranquila do primeiro dia. Embora saber o conteúdo seja determinante em algumas questões, a jovem diz que se não estiver tão familiarizada com a matéria pode tentar interpretar para encontrar a resposta. Luisa já está seguindo a dica da professora e reduziu a carga de estudo para desacelerar. Na escola, ela aproveita os aulões descontraídos e outras atividades propostas pelo colégio para os estudantes relaxarem. “Não vou parar de estudar, mas não quero ficar tão sobrecarregada perto da prova”, diz.
HABILIDADES E RESISTÊNCIA
Na prova de linguagens, manda a habilidade de leitura, combinada com conteúdos, mas sem matérias extremamente dominantes. Há coincidência de uma ou outra ter sido mais cobrada em edições anteriores, mas nada que se reverta em tendência, conforme o professor de língua portuguesa Carlos Antônio Simões, do Colégio Santo Antônio, na Savassi, mesma região da capital. “Isso é 50% do que é necessário. Os outros 50% contam com resistência física, porque é uma prova demorada, com textos longos, e requer habilidades de leitura e interpretação de textos.
O professor ressalta que as atividades cobradas pelo teste são construídas ao longo dos anos, não sendo possível adquiri-las no curto prazo. “Em relação aos vestibulares antigos, o Enem evoluiu muito ao valorizar o que o ensino fundamental e médio fizeram pelo aluno ao longo do processo de aprendizagem e não uma prova para a qual se prepara ao longo de um curso intensivo”, diz. Por isso, ele é enfático: “Véspera da prova é dia de descanso.”
A aluna Ana Clara Minardi Castro, de 17, concorda que a esta altura não há mais nada a fazer. A partir de amanhã, a ordem é relaxar. “Não tem como aprender mais nada. A prova de linguagens é tranquila, mas pode pegar o cansaço, pois os textos são grandes”, diz a candidata a uma vaga em medicina. Familiarizada com o exame por causa das revisões de edições antigas e por ter feito como treineira em 2017 e 2016, Ana Clara só pensa num ponto: “Ter confiança e tranquilidade.”
Não perca, neste domingo gabarito extra-oficial das provas do Enem 2018, parceria Chromos/Portal Uai .