Segunda Guerra Mundial foi um conflito militar global que durou de 1939 a 1945, envolvendo a maioria das nações do mundo — incluindo todas as grandes potências — organizadas em duas alianças militares opostas: os Aliados (Inglaterra, França, União Soviética e Estados Unidos) e o Eixo (Alemanha, Japão e Itália). Foi a guerra mais abrangente da história da humanidade, com mais de 100 milhões de militares mobilizados. Em estado de "guerra total", os principais envolvidos dedicaram toda sua capacidade econômica, industrial e científica a serviço dos esforços de guerra, deixando de lado a distinção entre recursos civis e militares. Marcado por um número significante de ataques contra civis, incluindo o Holocausto e a única vez em que armas nucleares foram utilizadas em combate, foi o conflito mais letal da história da humanidade, resultando entre 50 a 70 milhões de mortes.
Os Estado Unidos tentou se manter neutro na guerra, mesmo apoiando com suprimentos e armas os países Aliados. Mas o ataque surpresa do Japão à sua base militar em Pearl Harbor no Havaí em 1942, levou o país à guerra total contra o Eixo. A entrada dos Estados Unidos no conflito foi decisiva para derrocada dos regimes nazi-fascistas três anos depois.
A guerra terminou com a vitória dos Aliados em 1945, alterando significativamente o alinhamento político e a estrutura social mundial. Enquanto a Organização das Nações Unidas (ONU) era estabelecida para estimular a cooperação global e evitar futuros conflitos, a União Soviética e os Estados Unidos emergiam como superpotências rivais, preparando o terreno para uma Guerra Fria que se estenderia pelos próximos quarenta e seis anos. Nesse ínterim, a aceitação do princípio de autodeterminação acelerou movimentos de descolonização na Ásia e na África, enquanto a Europa ocidental dava início a um movimento de recuperação econômica e integração política.
Curiosidades sobre a guerra: as excentricidades do general Patton
Um dos comandantes mais famosos durante a Segunda Guerra Mundial foi o polêmico general George S. Patton. Amado por ser considerado um guerreiro nato e odiado pelo fato de ser muito rígido com seus comandados, ele liderou o avanço do 3º Exército na Europa, libertando mais de 12 mil cidades e povoados e fazendo mais de 1,5 milhões de prisioneiros.
Por trás do general rígido escondia-se um homem de contrastes. De um lado, um herói americano: patriota, corajoso e dono de um bull terrier chamado Willie. De outro, um homem cheio de extravagâncias: falava francês, fazia poesias e gostava de desenhar seus uniformes, usava uma pistola Colt 45 com cabo revestido de marfim e suas iniciais gravadas em preto, mas xingava "como um caminhoneiro". Acreditava em reencarnação. Jurava ter lutado em Troia, tomado parte das legiões romanas de Júlio César contra Vercingetórix, ter sido o comandante cartaginês Aníbal Barca e ter participado das guerras napoleônicas. Religioso, certa vez pediu a um capelão que fizesse uma oração pedindo a Deus que melhorasse o clima, para que assim a operação prevista continuasse em andamento. Como tal oração de fato surtiu o efeito esperado, Patton condecorou o capelão alegando que este tinha "boas relações com Ele lá em cima". Controverso, certa vez disse - "aqueles que rezam fazem mais pelo mundo do que aqueles que lutam; e se o mundo vai de mal a pior, é porque existem mais batalhas do que orações."
Patton, pouco antes do fim da Segunda Guerra Mundial, falou que era preciso atacar os bolcheviques, pois esses iriam "armar" algo. Esse "algo" acabou se transformando na Guerra Fria. Hoje ele descansa no Cemitério de Arlington em Washington D.C. com outros heróis de guerra americanos.
Artigo escrito pelo Percurso Pré-vestibular e Enem.