Podemos correr, dançar, nadar, movimentar. Para isso contamos com nossos músculos que, quando ligados ao esqueleto, são denominados músculos estriados esqueléticos e têm seus movimentos controlados pelo sistema nervoso central. O movimento gerado é voluntário, ou seja, depende da nossa vontade. Você pode usar os seus músculos que controlam o movimento dos olhos, para parar de ler este texto e observar a paisagem. Basta querer.
A fisiologia da contração voluntária conta com estruturas microscópicas da célula muscular e do sistema nervoso. Para entendermos bem esse processo, precisamos conhecer alguns detalhes da estrutura muscular.
A figura destaca as células musculares com suas miofibrilas de proteínas, denominadas actina e miosina, que organizam-se formando unidades de contração denominadas sarcômeros. Na contração, o sarcômero encurta com o deslizamento dos filamentos de actina sobre os de miosina.
Para ocorrer a contração, uma fibra muscular deve ser estimulada. O estímulo chega por um neurônio que libera, no terminal sináptico, um neurotransmissor chamado acetilcolina.
Alguns músculos podem não ser percebidos e são desconhecidos por muitos. Eles geram movimentos no nosso sistema digestório, nas nossas veias, artérias e não dependem da nossa vontade para trabalhar. São denominados músculos lisos e possuem contração lenta e involuntária, estando sob o controle do sistema nervoso autônomo.
Todo o seu corpo é construído por células. Elas dependem da chegada de alimento, oxigênio e precisam perder resíduos da respiração e do metabolismo de proteínas e ácidos nucleicos.
Assim compreendemos que nosso corpo é constituído por diversos tipos musculares que atuam em locais diferentes e de formas distintas e que nossa qualidade de vida depende do bom funcionamento dessas estruturas.
Ângelo Bagni é professor de Biologia do Percurso Pré-vestibular e Enem.
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