Na sexta-feira (12/08) é comemorado, no Brasil, o Dia Nacional das Artes. A data celebra atividades artísticas das mais diversas áreas, como teatro, cinema, circo, pintura e literatura, entre outras.
Quem tem hábito de ir a museus e exposições certamente já se pegou apreciando profundamente a beleza de uma obra, às vezes sem nem entender bem o porquê da admiração. Mas o que é o belo? Ele existe em si mesmo ou está nos olhos do observador?
Esse tipo de reflexão existe há milhares de anos e compõe um ramo da filosofia conhecido como filosofia da arte ou estética, que tem como objetivo estudar a natureza da beleza e o fundamento da arte. Filósofos renomados, como Platão e Aristóteles, entre outros, se debruçaram e tiveram diferentes pontos de vista sobre essas questões.
Para Platão, o Belo está pautado na noção de perfeição, de verdade. Para ele, a Beleza existe em si mesma, no mundo das ideias, separada do mundo sensível (que é o mundo concreto, no qual vivemos). Assim, as coisas seriam mais ou menos belas a partir de sua participação nessa ideia suprema de Beleza, independentemente da interferência ou do julgamento humano.
O filósofo critica as obras de arte que se limitam “copiar” a natureza, já que elas acabam afastando o homem da real Beleza, que é aquela existente no mundo das ideias. Essas questões influenciaram, por muito tempo, em maior ou menor intensidade, a produção artística ocidental.
Aristóteles tem um pensamento diferente sobre a arte, que, para ele, é uma criação humana. O filósofo entende que o Belo não pode ser desligado do homem, já que ele está em nós, é uma fabricação humana. As artes podem imitar a natureza, mas também podem abordar o impossível, o irracional e o inverossímil. Além disso, elas também podem ter uma utilidade prática: completar o que falta na natureza.
O que vai garantir beleza a uma obra, para Aristóteles, é a proporção, a simetria, a ordem, a justa medida.
Artigo do Percurso Pré-vestibular e Enem.