No dia 17 de outubro é celebrado o Dia Internacional para Erradicação da Pobreza. Esse é um problema mundial, mas, nos países em desenvolvimento ou não desenvolvidos, ele está interligado à forte desigualdade social que, por sua vez, tem relação com a estratificação social existente em sociedades complexas como as que vivemos.
A sociologia moderna trabalha com três modos diferentes de estratificação: por classe, por estamento e por casta. Classe social é o tipo de divisão que existe no capitalismo, categorizada a partir da renda e riqueza de cada grupo.
O estamento, por sua vez, é o tipo de estratificação que existia nas sociedades feudais, com características que vão além da questão financeira. As posições de cada grupo são, portanto, mais rígidas.
Já a casta, tipo de divisão que existe na Índia, por exemplo, é determinada hereditariamente, sendo extremamente rígida. Os indivíduos não têm mobilidade social.
Na divisão de classes, há, como se disse, possibilidade de mobilidade. Em tese, um indivíduo da classe média pode ascender socialmente ou ir para o grupo que forma a base da pirâmide.
É importante ressaltar, no entanto, que a possibilidade de ascensão nem sempre encontra terreno fértil para se concretizar. Isso porque é cada vez mais intensa a concentração de riqueza e de renda no mundo. Estudos internacionais indicam que 1% da população concentra metade da riqueza mundial.
No Brasil, houve redução radical da miséria nos últimos anos. Entre 1990 e 2012 o país acabou com a fome e reduziu a pobreza extrema de 25,5% para 3,5% da população. No entanto, ainda somos um dos países mais desiguais do mundo. Impostos sobre grandes fortunas, taxações de heranças, imposto de renda mais alto para os mais ricos e programas de distribuição de renda são propostas para combater essa desigualdade – muitas nunca implementadas em nosso país.
Artigo produzido por Percurso Pré-Vestibular e Enem
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