Jornal Estado de Minas

ATUALIDADES

Desigualdade social no Brasil e no mundo

No dia 17 de outubro é celebrado o Dia Internacional para Erradicação da Pobreza. Esse é um problema mundial, mas, nos países em desenvolvimento ou não desenvolvidos, ele está interligado à forte desigualdade social que, por sua vez, tem relação com a estratificação social existente em sociedades complexas como as que vivemos. 
Sistema de castas na Índia - Foto: Dentro de uma sociedade há grupos menores, cujos membros possuem algumas características em comum. Essa estratificação começou a ocorrer com mais força quando passou a haver, por exemplo, divisão sexual e social do trabalho. 
A sociologia moderna trabalha com três modos diferentes de estratificação: por classe, por estamento e por casta. Classe social é o tipo de divisão que existe no capitalismo, categorizada a partir da renda e riqueza de cada grupo.
O estamento, por sua vez, é o tipo de estratificação que existia nas sociedades feudais, com características que vão além da questão financeira. As posições de cada grupo são, portanto, mais rígidas.
Já a casta, tipo de divisão que existe na Índia, por exemplo, é determinada hereditariamente, sendo extremamente rígida. Os indivíduos não têm mobilidade social. 
Morador de rua coletando papelão em São Paulo - Foto: MabscoitoAs desigualdades sociais foram criadas, em boa parte, pela propriedade privada dos meios de produção. Seja no escravismo, no feudalismo ou no capitalismo, a posse desses meios levou à existência de grupos dominantes e dominados, com força e prestígio muito diferentes.
Na divisão de classes, há, como se disse, possibilidade de mobilidade. Em tese, um indivíduo da classe média pode ascender socialmente ou ir para o grupo que forma a base da pirâmide.
É importante ressaltar, no entanto, que a possibilidade de ascensão nem sempre encontra terreno fértil para se concretizar.
Isso porque é cada vez mais intensa a concentração de riqueza e de renda no mundo. Estudos internacionais indicam que 1% da população concentra metade da riqueza mundial. 
No Brasil, houve redução radical da miséria nos últimos anos. Entre 1990 e 2012 o país acabou com a fome e reduziu a pobreza extrema de 25,5% para 3,5% da população. No entanto, ainda somos um dos países mais desiguais do mundo. Impostos sobre grandes fortunas, taxações de heranças, imposto de renda mais alto para os mais ricos e programas de distribuição de renda são propostas para combater essa desigualdade – muitas nunca implementadas em nosso país. 
Artigo produzido por Percurso Pré-Vestibular e Enem
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