A longevidade da empresa familiar passa pela utilização de ferramentas adequadas e a profissionalização do modelo mental da família. No Brasil, 95% das empresas têm origens familiares. Mesmo as abertas em bolsa estão concentradas em núcleo familiar (os majoritários). O nível de mortalidade dessas empresas é alto, apenas sete em cada 100 empresas chegam à terceira geração. O conflito é estrutural no segmento, uma vez que convive com características tão particulares, em que reina a lógica emocional, quando deveria ser equacionada com a racional.
Essa temática chamou a atenção da mestra em administração de empresas Daniela Scarioli, que decidiu criar a DS Longevidade Empresarial com o propósito de identificar e resolver conflitos, trabalhar a preparação da nova geração para o processo sucessório, estimulando vocações e, caso queiram mesmo suceder, qual trajetória a trilhar para se capacitar e preparar para chegar lá com sucesso. “A sucessão é desafiante tanto para o sucedido quanto para o sucessor.”
Um dos primeiros passos é identificar padrões de comportamento incompatíveis dentro de cada dimensão. “No mundo da gestão há várias ferramentas e mecanismos que facilitam esse caminhar, tanto no negócio quanto no ambiente familiar. Profissionalizar o modelo mental da família, que demanda considerar e não rechaçar as emoções, e encaminhá-las para os locais de tratamento adequados.”
A gestão precisa ter regras claras tanto para entrada quanto para manutenção de membros da família na empresa, trazendo a lógica racional para relações que existem da família dentro do negócio e deixar a afetiva para outro local.
A DS Longevidade Empresarial foca em empresas de médio porte, entretanto, “é um trabalho que deve ser feito tanto na micro quanto na grande empresa”. Algumas empresas sentem essa necessidade quando a situação e os conflitos já emergem e com disputas acirradas. Outras solicitam ajuda de forma preventiva.
Mesmo quando há conflito instalado, ainda é possível trabalhar a família e o negócio na mesma medida de importância.
Sistema on-line de ERP
De acordo com dados do Sebrae, 26,2 milhões de brasileiros eram donos dos próprios negócios, em 2017. Desse total, 16 milhões eram micro e pequenas empresas. Cerca de 45% das MPEs abertas em 2012 fecharam suas portas nos dois primeiros anos de vida. O empreendedor deve ter sob controle a gestão financeira de seu negócio, reunindo o máximo de informações que facilitem a tomada de decisões: controle de contas a pagar, fluxo de caixa, diário de venda, estoque, relatórios gerenciais de apuração de resultados, indicando se as vendas vão cumprir os custos e gerar lucros.
Pensando nessas responsabilidades, Carlos Azevedo, que já tinha experiência de sucesso ao criar três outras startups, apostou na criação do sistema on-line de ERP (sigla em inglês para Planejamento de Recursos Empresariais), a MarketUP, totalmente gratuito. Ele criou uma empresa de software de gestão para os empreendedores, proporcionando mais segurança no trato das informações, mais agilidade na tomada de decisão e, como consequência, melhores resultados operacionais.
O sistema permite que as empresas tenham à disposição a Central de Compras, facilitando a reposição de estoques e loja virtual gratuita, oferecendo opções de pagamento on-line já integradas aos Correios, PagSeguro, Bcash e PayPal.
Mas como oferecer tudo isso de maneira gratuita? O modelo de negócio é baseado em publicidade, como um “digital trade marketing”.