Uma das vegetarianas mais famosas entre os pets exóticos é a iguana. Podendo chegar a aproximadamente 1,8 metro, do focinho até a cauda, esse animal vive cerca de 15 anos e pode ser manuseado diariamente até mesmo por crianças. Apesar de serem alimentados basicamente de frutas, verduras e rações, esses répteis precisam de muito cuidado ao ser domesticados. Um dos motivos para tanta cautela é o fato de não conseguirem metabolizar o cálcio do corpo por conta própria, precisando da luz diária do sol para realizar essa tarefa no metabolismo.
De acordo com a médica-veterinária especialista em pets exóticos Marcela Hortiz, ao comprar uma iguana é preciso se certificar primeiramente se o local que está comercializando esses animais os vende com o registro adequado. Atualmente, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) não permite a abertura de novos criadouros dos répteis. Porém, aqueles que já têm a permissão do órgão federal para venda podem continuar reproduzindo a espécie.
“A iguana é um animal da fauna brasileira e que ainda aquece muito o tráfico. O Ibama irá autorizar, em breve, a lista que permite criatório de animais exóticos que podem ser domesticados. Quem compra uma iguana precisa ter o documento de registro que comprove a posse. Quando ela é vendida legalmente, a iguana recebe um microchip de identificação, que tem o mesmo número no documento. Portanto, se você tem um pet como esse, você pode sair para qualquer canto acompanhado dele, basta estar com o registro em mãos”, explica.
Para que a iguana sobreviva em um ambiente urbano sem sentir falta de seu hábitat é necessário que seu dono prepare um local ideal. “Esse tipo de réptil é um animal arborícola, ou seja, gosta de ficar em cima de um tronco. Então, é necessário um viveiro vertical, já que ela precisa ocupar mais espaço para o alto do que horizontalmente. Esse tronco deve se parecer com um poleiro, para ela ficar em cima dele. Pode ser feito de galhos de árvores. A iguana gosta também de entrar em algum local com água. Portanto, o ideal é ter uma bacia que a caiba, como se fosse uma piscina”, ressalta.
Ainda segundo Marcela, se o terrário, que é uma espécie de aquário, mas feito para animais que vivem fora d’água, for instalado dentro de casa, é necessário que haja alguma luz ultravioleta, tanto para que ela consiga metabolizar o cálcio do próprio corpo, como para equilibrar sua temperatura corpórea. “Não pode ser luz incandescente. Há na internet e em petshops especializados em animais exóticos que comercializam a lâmpada específica da espécie.”